Com 720 mil metros quadrados de superfície e 960 metros de comprimento, a Cidade Proibida constitui um dos maiores, mais bem conservados e sumptuosos complexos do mundo. Foi residência de 24 imperadores das dinastias Ming e Qing e constituiu o centro do poder imperial durante 491 anos.
No entanto, nem a sua construção nem a sua localização podem explicar-se sem ter em consideração as circunstâncias que rodeiam o reinado do seu fundador, o imperador Yongle (1402-1424). Este era filho do primeiro imperador da dinastia Ming, Hongwu (que tinha expulsado os mongóis da China), embora não fosse o seu herdeiro legítimo. Era apenas um dos 42 filhos bastardos que, na linha de um costume que se manteria durante toda a dinastia, recebeu como dote um território remoto de Nanjing, a capital imperial, como medida preventiva perante a possibilidade de confrontos pelo poder. O herdeiro recebeu o principado de Yan, perto da Grande Muralha. O seu centro estava na antiga capital dos mongóis, Dadu, cujo nome foi alterado para Beiping (“Paz do Norte”). O governo deste território dava a Yongle um enorme potencial militar, já que era ele que controlava os exércitos com a missão de manter a paz na fronteira norte com os mongóis.
O herdeiro de Hongwu faleceu antes da morte do imperador, pelo que a sucessão caiu sobre os ombros do neto Jianwen (1398-1402), um jovem que tentou limitar o poder dos seus tios, entre os quais Yongle, com o intuito de se proteger. Ultrajado e injustamente tratado, Yongle declarou guerra ao sobrinho, ocupou Nanjing (Nanquim), ordenou que se incendiassem os palácios com a família imperial no interior e autoproclamou-se imperador. Pouco depois, mudou o nome à sua cidade chamou-lhe Beijing, “Capital do Sul”, que conhecemos como Pequim. Em 1406, iniciou a construção de um novo palácio imperial na nova capital da China. Yongle deslocou a capital para Pequim por diversas razões: por um lado, Nanquim estava arrasada; por outro, era necessário controlar de perto os mongóis. Mas a razão primordial desta troca prendeu-se com a acumulação do poder de Yongle nos domínios do Norte. O novo imperador desconfiava dos funcionários do Sul, leais ao anterior soberano, sobre o qual corria o rumor de que continuaria vivo.
Construções em tempo recorde
A construção do palácio imperial teve lugar de 1406 a 1421, um período muito curto para tão grande empreendimento. Só foi possível porque o imperador mobilizou um milhão de operários e cem mil artesãos. A tarefa foi coordenada pelos ministérios das Obras Públicas e da Justiça, que transferiram milhares de famílias provenientes de Nanquim, Shanxi e Zhejiang para as imediações da nova capital, de forma a que a produção de alimentos não faltasse ali. Centenas de milhares de condenados foram mobilizados para transporte de materiais e trabalhos de construção. Pouco se sabe dos arquitectos; o único de que temos conhecimento é o eunuco vietnamita Nguyen Na.
A nova capital, que deveria reflectir a grandiosidade imperial, situou-se a sul da antiga sede dos mongóis e organizou-se em rectângulos concêntricos: ao centro, construiu-se a Cidade Púrpura Proibida (Zijincheng) e, em seu redor e separada dela por uma muralha, estava a Cidade Imperial (Huangcheng). Esta estrutura é herdeira de mais de dois mil anos de tradição arquitectónica. Com a dinastia Zhou (1045-256 a.C.), cada reino tinha uma capital amuralhada, e dispunha de uma segunda muralha para rodear o palácio.
O nome de Cidade Púrpura Proibida justifica-se pela proibição de acesso à maioria da população e à associação do imperador com a estrela Polar (em mandarim, “Constelação Púrpura Luminosa”) como um ponto inamovível no firmamento em redor do qual tudo giraria. Também por este motivo, o palácio e a cidade orientavam-se sempre para norte, já que esta é a direcção assinalada pela estrela Polar.
Construções de madeira
Os elementos de construção utilizados prolongaram uma tradição arquitectónica anterior à nossa era. Os edifícios importantes erguem-se sobre uma plataforma que os eleva sobre o resto e sustentam-se sobre grandes colunas de madeira, geralmente de nanmu, uma árvore semelhante ao cedro. A maior parte desta madeira provinha da longínqua província de Sichuan e era transportada através do rio Yangtsé e do Grande Canal, remodelado por Yongle para facilitar a chegada dos seus ministros à capital. Esta predilecção pela madeira caracteriza toda a arquitectura chinesa. Trata-se de um material forte, ligeiro, fácil de transportar por água e apto para ser talhado em formas e medidas padronizadas. De facto, a uniformidade da estrutura arquitectónica de todo o complexo palaciano baseia-se no uso de um único módulo (jian), de planta rectangular e todos os telhados são sustentados por um sistema de entrelaçado de madeira (dougong) realizado a partir de peças padronizadas que encaixam na perfeição. Do ponto de vista decorativo, as paredes exteriores e colunas são pintadas de vermelho, e a cor resulta das vigas e dos suportes em que estas se apoiam, decorados com padrões nos quais predominam os azuis e os verdes. As coberturas de duas águas são de telhas cerâmicas envernizadas a amarelo, uma cor associada ao imperador, excepto na biblioteca, onde se usam telhas negras como elemento protector face aos incêndios, já que o negro simboliza a água. Na residência hos pequenos do imperador, predoverde, a cor associada ao crescimento na cultura chinesa.
O recinto exterior
A Cidade Proibida estrutura-se a partir de um eixo sul-norte sobre o qual se situam os principais edifícios do recinto; à direita e esquerda deste eixo, de forma simétrica, repartem-se as edificações secundárias. Segundo a tradição, é formada por 9.999 casas, um número alegórico, já que o número 9 simboliza o supremo e a longevidade e o número 10.000 representa a totalidade.
REINAR POR DETRÁS DA CORTINA. Só uma imperatriz chinesa reinou como soberana: Wu Zetian (690-705). No entanto, no final da dinastia Qing houve uma mulher que não ocupou directamente o trono mas que “reinou por detrás da cortina”: a ambiciosa imperatriz Cixi. Em 1861, após a morte do marido, o imperador xianfeng, Cixi livrou-se dos conselheiros imperiais e tomou o poder como regente do seu filho de 6 anos, Tongzhi. Era este que ocupava o trono durante as audiências imperiais, mas, nas suas costas, oculta por detrás de uma cortina de seda amarela, Cixi escutava e tomava as decisões. Quando o filho chegou à idade adulta, Cixi teve de ceder-lhe momentaneamente o poder, mas, um ano mais tarde, Tongzhi faleceu. Cixi manobrou para que fosse um sobrinho de 4 anos, Duangxu, a ocupar o trono. Continuou a “governar por detrás das cortinas” e, quando Duangxu chegou à idade adulta, colocou-o em prisão domiciliária. Na imagem, dragão de cinco extremidades, símbolo do imperador. Muralha dos nove dragões da cidade proibida. Século XVIII.
O acesso à Cidade Proibida por sul efectua-se através da imponente Porta do Meio-Dia (Wumen) um edifício em forma de “U” invertido com 35 metros de altura coroado por uma tribuna de onde o imperador presidia às festividades, recebia os generais vitoriosos e castigava os altos funcionários caídos em desgraça. Atravessavam-na cinco entradas, três na fachada principal e uma em cada lateral. Na fachada principal, a entrada central só podia ser utilizada pelo imperador, pela imperatriz no dia da sua boda ou por quem se destacasse nos exames imperiais de nível superior. As outras duas só podiam ser usadas por ministros, membros da família real e altos funcionários. Pelas portas laterais passavam os indivíduos de menor posição social.
Depois de cruzar a porta, chega-se a uma ampla esplanada orientada de oeste para leste junto do Rio das Águas de Ouro (Jinshuihe), um canal artificial que corre pela margem ocidental do recinto e atravessa-o neste pátio. Segundo as regras da geomancia (a adivinhação a partir dos signos na superfície terrestre), a localização ideal de uma cidade deve incluir um rio com estas características, já que tem a propriedade de afastar as energias negativas para o exterior. Seguindo a mesma tradição, o nome faz referência à origem ocidental desta corrente de água, já que o ouro é o elemento próprio deste ponto cardeal. Cruzam-no cinco pontes de mármore branco, sobre os quais se regem as mesmas normas hierárquicas que na Porta do Meio-Dia.
No outro extremo da esplanada, ergue-se a Porta da Harmonia Suprema, que dá por fim entrada nos espaços públicos do palácio. Aí, o imperador recebia os dignitários estrangeiros, oferecia banquetes oficiais e, durante a dinastia Ming, despachava diariamente com os seus ministros. A seguir, ergue-se o imponente conjunto das Três Salas, situadas sobre uma tripla plataforma de mármore com balaustrada, de 230 metros de largura, que flui ao redor dos três edifícios e desce até ao nível do pátio mediante 12 escadas e duas rampas onde se esculpiram dragões e pérolas. A primeira sala, a da Harmonia Suprema (Taihedian), cumpria as funções de sala do trono e era reservada para as cerimónias mais solenes do império: a coroação do imperador, casamentos reais, o Ano Novo, o solstício de Inverno e o aniversário do imperador. Nenhum edifício em todo o país poderia ser maior do que este, já que nada podia ofuscar o poder imperial. Este é o único também protegido por dez estatuetas de animais míticos em cada esquina. A sua decoração principal são os dragões, símbolo do imperador, que cobrem o tecto, as colunas e o trono, mas encontramos outros elementos alegóricos, como as tartarugas e os grous, que representam a longevidade.
O VASTO IMPÉRIO MING. Fundada em 1368, a dinastia Ming teve um início expansionista, consolidado em importantes obras de irrigação, reflorestação e repovoamento e no apoio aos pequenos camponeses em oposição aos latifundiários. O imperador Yongle (1402 -1424) instalou a capital em Pequim e ali construiu a Cidade Proibida. Reforçou a Grande Muralha para protecção da nova sede da corte e construiu o Grande Canal para abastecê-la. As guerras contra o Vietnam foram o prelúdio das enormes expedições marítimas dos Ming que navegaram o Índico até África e Meca. Depois de Yongle, o império renunciou à expansão e acantonou-se. Os ataques dos mongóis e dos manch (e já no século XVI dos piratas japoneses) debilitaram os Ming que, em 1644, fora substituídos pela dinastia manchu Qing. CARTOGRAFIA: EOSGIS.COM
A sala seguinte, a da Harmonia Perfeita (Zhonghedian), é a mais pequena das três. Foi concebida como um espaço de descanso para o imperador, onde este recebia as pessoas de sua inteira confiança e onde se preparava antes da celebração dos ritos e cerimónias. A terceira sala é a da Preservação da Harmonia (Baohedian), destinada à celebração dos exames imperiais de nível superior, de onde emergiam os mais altos cargos do império.
O EXAME PERANTE O FILHO DO CÉU. O sistema de exames para aceder aos mais altos cargos públicos terminava com uma prova que decorria na Cidade Proibida.
1. A Cidade Proibida. O Exame do Palácio celebrava-se na Sala da Preservação da Harmonia.
2. Presidido pelo imperador. O soberano presidia ao exame, introduzido no século x em substituição de uma prova de aptidão organizada pelos ministros.
3 Supervisores e revisores. O imperador recorria a oito revisores, com os quais se reunia no final da prova para estabelecer as notas de cada aspirante.
4 Realização do exame. Os candidatos deveriam compor um ensaio, estruturado em oito partes, sobre alguns trechos dos clássicos chineses.
5 Os resultados. Depois de entregarem o seu exame os aspirantes aguardavam a publicação oficial dos resultados, numa cerimónia no palácio imperial.
Chama à atenção a omnipresença de enormes vasos que conservam vestígios dourados. Funcionavam como reservas de água em caso de incêndio e no Inverno tapavam-se com tecidos de algodão acolchoado e eram aquecidos para evitar a congelação do líquido. Estas medidas preventivas são normais numa cultura que usava a madeira como principal material de construção e onde os incêndios aconteciam periodicamente; com efeito, as Três Salas arderam pelo menos seis vezes durante as dinastias Ming e Qing. Isto também explica a ausência de chaminés na Cidade Proibida: o sistema de aquecimento era subterrâneo e complementava-se com braseiras quando era necessário.
Os nomes das diferentes salas do palácio estão geralmente relacionados com conceitos como a paz, a harmonia ou a tranquilidade e o seu nome aparece sempre escrito na fachada de cada edifício, de forma a que a sua repetida leitura invocasse bons augúrios. Em volta destes espaços monumentais, que constituíam o centro político e simbólico do império, sucedem-se áreas administrativas, de rituais e de serviços, entre as quais se destacam o salão das Proezas Militares e o salão da Glória Literária.
O recinto interior
Seguindo o eixo sul-norte, chegamos ao espaço privado do palácio, que alberga os aposentos do imperador e das suas consortes: o Palácio Interior, ao qual se acede pela porta da Pureza Celestial (Qianqingmen). No seu interior, três edifícios constituem uma réplica menor do recinto exterior. O principal é o Palácio da Pureza Celestial (Qianqinggong), residência do Filho do Céu durante a dinastia Ming e parte da dinastia Qing, já que a partir de Yongzheng (1722-1735) a residência imperial transferiu-se para a sala do Cultivo Mental. No interior, havia nove dormitórios e 27 camas, para que ninguém pudesse saber em que cama dormia o imperador todas as noites. As outras duas construções são a Sala da União Celestial e Terrestre (Jiaotaidian), onde se prestava homenagem à imperatriz no seu aniversário e outras festas importantes, e o Palácio da Tranquilidade Terrestre (Kunninggong), que foi residência da imperatriz sob a dinastia Ming e quarto nupcial na dinastia Qing.
A GRANDE RESIDÊNCIA IMPERIAL. Construída por yongle, terceiro soberano da dinastia Ming, que ascendeu ao trono depois de vários anos de luta, a Cidade Proibida foi a residência imperial e sede da corte até à abdicação do último imperador da dinastia Qing, Pu yi, em 1912, resultado dos acordos assinados com os dirigentes da revolução de 1911 e o posterior estabelecimento da República. O seu desenho respondia a antigos princípios religiosos e mágicos: orientada de sul para norte e organizada em forma de quadrícula, a sua ordem pretendia reflectir a harmonia do universo. No centro, encontrava-se o trono do imperador, intermediário entre o Céu e a Terra e destinatário da estrela Polar, em redor da qual giram todas as demais estrelas do firmamento. Do mesmo modo, a Cidade Proibida estrutura-se em volta do espaço central ocupado pelas três salas: a Sala da Preservação da Harmonia, a Sala da Harmonia Perfeita e a Sala da Harmonia Suprema, onde se encontra o trono imperial. Um rigoroso protocolo regulava o acesso aos diferentes espaços do recinto amuralhado, que estava vedado às pessoas comuns. Ilustração: Mb Creativitat
1 Porta do Meio-Dia. A Cidade Proibida tem quatro portas que se abrem aos quatro pontos cardeais. Esta tem uma altura de 35 metros.
2 Muralha e fosso. O complexo imperial está rodeado por uma muralha de 12 metros de altura e por um fosso de 50 metros de largura.
3 Aposentos dos eunucos. Com os Ming, os eunucos adquiriram uma influência crescente nos assuntos do Estado.
4 Rio das Águas de Ouro. Segundo o seu estatuto ou função, os servos do imperador atravessavam-no por uma das suas cinco pontes.
5 Porta da Harmonia Suprema. Dá acesso a um pátio de 30.000m2, rodeado de duas galerias destinadas aos armazéns imperiais.
6 Sala da Harmonia Suprema. O soberano presidia aqui às grandes festividades: o seu aniversário, a chegada do Ano Novo…
7 Sala da Harmonia Perfeita. O imperador preparava aqui as orações rituais antes de realizar os sacrifícios anuais.
8 Sala da Preservação da Harmonia. Acolhia actos como os exames de altos funcionários e os banquetes para dignitários estrangeiros.
9 Porta da Pureza Celestial. Dava acesso ao Palácio Exterior e ao Palácio Interior, residência oficial da família imperial.
10 Palácio da Pureza Celestial. Albergava os quartos do imperador. No século xVIII, atribuiu-se-lhe um fim administrativo.
11 Sala da União Celestial e Terrestre. Era o salão do trono da imperatriz, onde esta recebia as concubinas nas grandes celebrações anuais.
12 Palácio da Tranquilidade Terrestre. Aqui encontravam-se os aposentos da imperatriz. Ela e o soberano passavam aqui a noite de núpcias.
13 Jardim imperial. Com uma área de 7.000 m2, aqui erguem-se pavilhões, reservatórios, colinas artificiais, árvores exóticas…
14 Sala da Paz Imperial. Neste templo taoista, os últimos imperadores Ming exercitavam-se em artes como a alquimia ou a adivinhação.
15 Porta do Poder Divino. Em frente dela, fora do recinto, está a Colina do Carvão, onde foi enforcado o último imperador Ming.
16 Sala do Culto Mental. Os soberanos retiravam-se para aqui para se dedicarem ao estudo ou praticar a caligrafia e pintura.
17 Seis Palácios Ocidentais e Seis Orientais. Nestes complexos, restaurados no século xIx, residiam as concubinas imperiais.
18 Muralha dos Nove Dragões. Com 4 por 30m, está decorada com azulejos que representam nove dragões entre as ondas do mar.
19 Palácio da Longevidade Serena. Construído no século xVIII, um muro preservava a intimidade dos soberanos.
20 Palácio da Abstinência. Os soberanos refugiavam-se neste recinto para jejuar antes de celebrarem diversos ritos anuais.
Rodeando estes três edifícios distribuem-se os Seis Palácios Ocidentais e os Seis Palácios Orientais, destinados às esposas, às concubinas e aos filhos; ao fundo estendiam-se os jardins imperiais. Esta combinação de três e seis não é acidental, pois deverá entender-se como uma representação gráfica do trigrama qian (céu) e do trigrama kun (terra).
Por último, destaca-se um importante complexo, o Palácio da Longevidade Serena (Ningshougong), que pode ser considerado uma “pequena Cidade Proibida dentro da Cidade Proibida). Foi construído pelo imperador Qianlong (1735-1799) como lugar de retiro depois da sua abdicação, após 70 anos de reinado, e foi mais tarde usado pela imperatriz Cixi, no século XIX. Nos seus jardins, encontra-se o tristemente conhecido “poço de Zhen”, no qual Cixi mandou lançar a esposa preferida do seu sobrinho, o imperador Duangxu, como castigo pela ajuda prestada ao soberano nas suas intenções de reformas políticas do país.
O conjunto termina cercado a norte pela porta do Poder Divino (Shenwumen), onde se encontravam o sino e o tambor que marcam o início e o fim do dia. Para além da porta, ergue-se a chamada Colina do Carvão, criada artificialmente com a terra extraída do fosso que rodeava a Cidade Proibida, e que constitui o melhor miradouro para contemplar este conjunto na sua totalidade.