Lendas e mistérios da Europa: 5 monumentos megalíticos imperdíveis

Existem muitas perguntas por responder em torno destes sítios sensacionais e de visita obrigatória – desde Stonehenge, no sul da Inglaterra, às culturas talayótica e nurágica das ilhas mediterrâneas de Menorca e Sardenha, em Espanha e Itália respectivamente.

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Há milhões de anos que os antigos habitantes do nosso planeta constroem obras em pedra imponentes com diferentes finalidades. Contemplados ao amanhecer ou ao pôr-do-sol, por entre as brumas iluminadas pelas últimas luzes, estes monumentos adquirem uma magia especial. Certezas e dúvidas sobre a sua construção, finalidade e a escolha das suas localizações, eis o que pode esperar da lista de cinco emblemáticos monumentos megalíticos na Europa que lhe apresentamos a seguir e recomendamos visitar.  

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1. NAVETA DES TUDONS, MENORCA, ESPANHA

Com mais de 1.600 monumentos pré-históricos, Menorca possui a maior concentração de todo o Mediterrâneo. Taulas, Navetas, Talayots e grutas funerárias escavadas na rocha, bem como povoados inteiros, sobreviveram até aos nossos dias e são testemunhos em pedra da vida enigmática dos honderos (fundeiros, em português, assim denominados devido ao uso viabilidade deste povo com as fundas) que desenvolveram a cultura talayótica há 3.500 anos. A sepultura de Naveta des Tudons é o monumento mais antigo e mais bem conservado do Mediterrâneo ocidental. A cultura talayótica de Menorca pretende tornar-se Património da Humanidade.

stonehenge

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2. STONEHENGE, WILTSHIRE, REINO UNIDO

Situado na planície de Salisbury, no condado de Wiltshire (cerca de 130 quilómetros a oeste de Londres), este grande e imponente círculo de rochas construído sobre um montículo verde é uma visão impressionante. Convém visitá-lo com a ajuda de um áudio-guia para ter uma ideia exacta das suas dimensões e relevância. A construção deste conjunto começou há 5.000 anos e foi abandonado 1.500 anos depois.

Ainda se desconhece a sua finalidade e as razões que levaram a que caísse em esquecimento. O conjunto actualmente visível é formado por um círculo interior com seis grandes blocos de pedra, rematados por lintéis colossais, e um círculo exterior de 17 monólitos com lintéis. Isto é o que resta de um monumento megalítico que, no seu tempo, incluiu 162 elementos pétreos.

tomba dei geganti

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3. TÚMULO DO GIGANTE S’ENA E THOMES, SARDENHA, ITÁLIA

A Sardenha conta com um impressionante conjunto de construções nurágicas disseminadas por toda a ilha. Anteriores aos fenícios, os nuragos (cerca de 1.700 a.C.) deixaram uma série de torres cónicas chamadas nuraghi, palavra que significa “monte de terra” em sardo. A de Santu Antine é a maior e mais bem conservada. Os chamados “túmulos dos gigantes”, monumentos funerários de planta rectangular com uma abside com grandes lajes de pedra embutidas na terra, formam uma câmara funerária com entre cinco e 15 metros de comprimento e um a dois metros de altura. O “túmulo do gigante” de S’Ena E Thomas, em Dorgali, é um dos mais visitados.

Ggigantjia A Torre dos Gigantes

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4. GGANTIJA, GOZO, MALTA

As ilhas mediterrânicas de Malta e Gozo albergam um total de sete templos megalíticos. Em Gozo, os dois templos de Ggantija destacam-se pelas suas gigantescas estruturas da idade do bronze (3600-2500 a.C.), sendo possivelmente dedicados à Mãe Terra, Deusa da Fertilidade. Em Malta, os templos de Hagar Qinn Mnajdra e Tarxien são grandes obras arquitectónicas únicas no seu género, tendo em conta os recursos extremamente limitados de que os seus construtores dispunham. 

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5. MENIRES DE CARNAC, BRETANHA, FRANÇA

Os alinhamentos de Carnac, também conhecidos como menires de Carnac, são um grande conjunto megalítico situado na região francesa da Bretanha. É o maior monumento pré-histórico do mundo, com 4.000 rochas que foram alinhadas entre os séculos V e III a.C.: tem 40 hectares de área de superfície e quatro quilómetros de comprimento. Embora existam diversas versões e teorias sobre a sua função, a mais plausível para os especialistas é que se tratasse de um observatório astronómico, no qual as filas de menires, orientadas para os pontos do solstício e do equinócio, formavam um calendário que permitia prever as fases importantes da vida agrícola.

Há milhões de anos que os antigos habitantes do nosso planeta constroem obras em pedra imponentes com diferentes finalidades. Contemplados ao amanhecer ou ao pôr-do-sol, por entre as brumas iluminadas pelas últimas luzes, estes locais adquirem uma magia especial.