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Animais

Prémios de Fotografia Audubon 2023: A linguagem das penas em 11 imagens

Os vencedores da 14.ª edição anual dos Prémios de Fotografia Audubon mostram mais uma vez a beleza da vida selvagem aviária da América do Norte.

Actualizado a 12 de Agosto de 2023, 14:58

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Corrupião de Baltimore - Icterus gal
SANDRA ROTHENBERG / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023
Héctor Rodríguez
Héctor Rodríguez

JORNALISTA E EDITOR DE CIÊNCIA E NATUREZA

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Pombo-das-rochas – Columba livia

LIRON GERTSMAN / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS/2023

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1. Pombo-das-rochas – Columba livia

Fotografia vencedora absoluta do concurso (White Rock, Columbia Britânica, Canadá)

Pode ser comum na maior parte do mundo, mas o pombo-das-rochas é uma ave incrível. Prospera numa grande variedade de habitats, incluindo naqueles onde poucas espécies conseguem fazê-lo: o centro de uma cidade. Muitas pessoas tendem a ignorar os pombos, mas muitas outras admiram estas aves adaptáveis e de voo rápido, entre as quais se incluía o próprio Charles Darwin.

Originalmente nativo de algumas zonas de Europa, do norte de África e do sul da Ásia, o pombo-das-rochas foi domesticado ao longo de milhares de anos e muitos deles conseguiram estabelecer populações selvagens em todo o mundo. Os casais de pombo-das-rochas permanecem juntos durante todas as estações, acasalando geralmente para a vida e ambos os sexos se encarregam de parte da incubação dos ovos e do cuidado das crias.

“Raramente aponto a minha lente para os pombos, mas não consegui resistir ao ver este casal, pousado em baixo de uma doca, a arranjar cuidadosamente as penas”, conta o fotógrafo Liron Gertsman, autor da imagem. “Expondo deliberadamente as partes mais brilhantes da imagem, utilizei o entorno sombrio para criar um fundo negro semelhante ao de um estúdio para estas extraordinárias aves iridescentes. Não tinha planeado fotografar pombos nesse dia, mas fiquei contente por a beleza deste casal ter chamado a minha atenção.”

Canon EOS R5 com lente Canon EF 100–400 mm f/4.5–5.6L IS II USM @400 mm; 1/1600 segundo a f/5.6; ISO 2500

2. Mocho-rabilongo - Surnia ulula

LIRON GERTSMAN / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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2. Mocho-rabilongo – Surnia ulula

Fotografia galardoada com uma menção honrosa na categoria: Profissional (Thompson-Nicola, Columbia Britânica, Canadá)

Uma ave de rapina única, sem parentes próximos. O mocho-rabilongo vive nas zonas de florestas boreais da Eurásia e da América do Norte, costumando manter-se afastado dos povoados humanos.

Adaptado aos longos dias de Verão do norte, esta espécie de ave de rapina permanece activa durante a maior parte do dia. Ao contrário dos bufos, que dependem de um ouvido apurado para caçar de noite, o mocho-rabilongo depende da visão para vigiar as suas presas: basicamente ratos-do-campo no Verão e algumas aves mais pequenas no Inverno. Quando detecta uma, lança-se a ela batendo as asas rápida e vigorosamente, num movimento que faz lembrar o comportamento dos falcões Accipiter.

Apesar de o mocho-rabilongo ser um animal diurno e de Liron Gertsman ter passado muito tempo no seu habitat ao longo dos anos, os encontros do fotógrafo com esta espécie esquiva e impressionante sempre foram escassos e esporádicos: “As minhas incursões no habitat desta ave de rapina ocorreram sobretudo no Verão, quando ela escasseia localmente e é mais difícil de encontrar”. Prossegue o fotógrafo: “Ansioso por mudar a minha sorte, passei vários dias caminhando e procurando durante o último Inverno, tendo chegado a caminhar equipado com as minhas grandes raquetes de neve. Afundava-me regularmente até aos joelhos na neve profunda e solta, mas fui finalmente recompensado com vários encontros inesquecíveis com um par de mochos-rabilongo no norte, enquanto caçavam e cortejavam fêmeas”.

Canon EOS R5 com uma objectiva Canon EF 100-400 mm f/4.5–5.6L IS II USM @400 mm e adaptador de objectiva Canon EF–EOS R; 1/500 segundo a f/5.6; ISO 500

Os papagaios-do-mar são aves populares, embora a maioria das pessoas nunca tenha visto um.

SHANE KALYN / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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3. Papagaio-do-mar – Fratercula arctica

Fotografia vencedora na categoria: Profissional

(Ilhas Westman, Islândia)

Os papagaios-do-mar são aves populares, embora a maioria das pessoas nunca tenha visto um. O papagaio-do-mar está bastante disseminado no Atlântico Norte e nas áreas adjacentes do Oceano Árctico, mas a Islândia é o seu epicentro: até dois milhões de casais nidificam ali, representando cerca de metade da população reprodutora. O aumento da temperatura do mar diminuiu a disponibilidade dos peixes pequenos de que os papagaios-do-mar necessitam para alimentar as suas crias, causando problemas graves na reprodução de algumas colónias islandesas.

O fotógrafo Shane Kalyn e a sua esposa estavam a fazer uma viagem de carro na Islândia quando decidiram apanhar o ferry até às ilhas Vestman, onde tinham ouvido dizer que existia uma colónia de papagaios-do-mar. “Fizemos uma paragem num sítio bonito para esticar as pernas”, explica Kalyn. “Vimos uma ave solitária pousada numa assombrosa falésia de rocha de lava, coberta de líquenes coloridos e flores silvestres. Chovia e o céu estava escuro, criando um ambiente taciturno. Eu sabia que aquele momento era especial: foi o primeiro papagaio-do-mar que vi e o primeiro que consegui fotografar.”

Nikon D500 com lente Nikon 500 mm f/4; 1/6400 segundo a f/4; ISO 2000

Os 24 representantes do género Calidris são todos aves migratórias e muitos fogem ao Inverno voando até aos confins austrais dos continentes do sul.

KIERAN BARLOW / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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4. Pilrito-comum – Calidris alpina

Fotografia galardoada com o prémio para o melhor jovem fotógrafo

(Barnegat Light, New Jersey)

Os 24 representantes do género Calidris são todos aves migratórias e muitos fogem ao Inverno voando até aos confins austrais dos continentes do sul.

O pilrito-comum opõe-se a esta tendência, migrando apenas curtas ou médias distâncias a partir das suas zonas de reprodução nas latitudes altas setentrionais. Na América do Norte, os bandos desta resistente ave passam o Inverno ao largo das costas do norte do Canadá e do sul do Alasca, instalando-se frequentemente em costas rochosas fustigadas pelas ondas.

Esta fotografia é um regalo para os olhos e também conta uma história. O fotógrafo Kieran Barlow captou a ave enquanto esta saltava e tanto a água como o pilrito estão perfeitamente congelados em movimento. Conseguimos sentir as ondas a rebentar e a rocha coberta de musgo. Quase conseguimos ouvir o bater das asas da ave e o seu palreio quando foi incomodada. Com sorte, esta imagem fará com as pessoas quererem proteger os habitats intertidais nas zonas de Inverno e de migração onde estas aves costeiras descansam e se alimentam.

Nikon D850 com lente Tamron SP 150-600 mm F/5–6.3 Di VC USD G2 @240 mm; 1/3200 segundo a f/5.6; ISO 560

Apesar da sua imagem de ave antárctica, a maioria das 18 espécies de pinguins habitam na região temperada do hemisfério sul. O pinguim-de-barbicha é um dos poucos verdadeiros habitantes da zona de gelo.

KAREN BLACKWOOD / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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5. Pinguim-de-barbicha – Pygoscelis antarcticus

Fotografia vencedora na categoria: Amador

(Cierva Cove, Antárctida)

Apesar da sua imagem de ave antárctica, a maioria das 18 espécies de pinguins habitam na região temperada do hemisfério Sul. O pinguim-de-barbicha é um dos poucos verdadeiros habitantes da zona de gelo. À semelhança de muitos pinguins, o pinguim-de-barbicha alimenta-se principalmente de krill, um pequeno crustáceo parecido com camarão, que persegue frequentemente mais de 15 metros abaixo da superfície do mar. A grande cauda desta espécie, que se pode apreciar na fotografia, ajuda-a provavelmente a fazer manobras quando nada em baixo de água.

A fotógrafa Karen Blackwood diz que estava um dia de tempestade e nevava. Estava num barco pneumático, percorrendo uma via cheia de icebergs quando a água turbulenta sacudiu o pequeno barco. “Enquanto observava os pinguins-gentoo saltarem para a costa rochosa e caminharem para a sua colónia de nidificação, vi um pinguim-de-barbicha parado sobre um icebergue azul coberto de neve fresca. Ele aproximou-se da borda e eu percebi que ia saltar. Ajustei o meu enquadramento, levando em conta o movimento do barco, o icebergue e o pinguim, que, em breve, estaria no ar”. “Ele saltou mesmo à minha frente e mergulhou directamente na água. Apanhei-o mesmo antes de deslizar sob as ondas e obtive uma imagem perfeita da sua forma. Tinha capturado um mergulho nota 10!”

Canon EOS R5 com lente RF 70–200 mm f/2.8 L IS USM @200 mm; 1/4000 segundo a f/8; ISO 1000

É uma maravilha do instinto. A fêmea do corrupião de Baltimore possui uma bolsa suspensa para proporcionar um berço seguro aos seus ovos

SANDRA ROTHENBERG / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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6. Corrupião de Baltimore – Icterus galbula

Fotografia para a melhor fotografia de uma ave fêmea

(Warren, Pensilvânia)

É uma maravilha do instinto. A fêmea do corrupião-de-baltimore possui uma bolsa suspensa para proporcionar um berço seguro aos seus ovos. Uma das chaves do seu sucesso consiste em escolher os materiais certos. Por isso estas futuras mamãs atentas percorrem os arredores em busca de fibras vegetais longas, fortes e flexíveis para criar uma estrutura duradoura. Se as fibras artificiais satisfizerem os seus requisitos, também serão incorporadas no ninho. O macho pode parar para olhar, mas raramente ajuda. A construção costuma demorar pelo menos uma semana, mas algumas fêmeas concluem a tarefa em menos de cinco dias.

Os corrupiões-de-baltimore nidificam na propriedade da fotógrafa Sandra Rothenberg desde a sua infância. “Sempre gostei de observar as fêmeas: acrobatas aéreas que colhem palha seco e longos fios de crina de cavalo na quinta adjacente”, explica Rothenberg. “As aves usam os materiais para construírem os seus ninhos suspensos em forma de pêra. Que proezas milagrosas da engenharia avícola! Como chegam em Maio, após a sua longa migração para norte, Rothenberg utilizou um pequeno biombo para observar as aves sem as incomodar. Esta fêmea só aterrou para pegar num monte enredado de crina de cavalo e fibras naturais de cânhamo e sisal presos num ramo. Estava rodeada por um véu de noiva, ondulante e diáfano. Em seguida, voou para a floresta, levando o seu prémio no bico fino.”

Nikon D500 com lente Nikon 500 mm f/4; 1/6400 segundo a f/4; ISO 2000

Um pequeno habitante do deserto do sudoeste dos E.U.A. e do México, o chapim é único nas Américas. Os seus parentes mais próximos em África e na Eurásia são conhecidos por construírem ninhos elaborados e o chapim é igualmente impressionante

LINDA SCHER / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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7. Chapim-de-faces-douradas – Auriparus flaviceps

Fotografia vencedora na categoria: Plantas para as Aves

(Sweetwater Wetlands, Tucson, Arizona)

Um pequeno habitante do deserto do sudoeste dos EUA e do México, o chapim é único nas Américas. Os seus parentes mais próximos em África e na Eurásia são conhecidos por construírem ninhos elaborados e o chapim é igualmente impressionante.

O seu ninho é uma grande estrutura globular com uma entrada baixa num dos lados. Uma camada exterior de raminhos espinhosos rodeia camadas interiores de materiais muito mais suaves: folhas, ervas, penugem, peles, penas e teias de aranha. Os chapins constroem frequentemente os ninhos em plantas espinhosas, que ajudam a dissuadir os predadores.

“Observei aves nas zonas húmidas de Sweetwater enquanto visitava Tucson e foi ali que vi um chapim pela primeira vez: no outro extremo do sítio onde encontrei um casal a construir um ninho num cacto. Como são aves tão pequenas, fiquei espantada com o grande tamanho do ninho. Quatro semanas mais tarde, regressei com amigos. Utilizando teleobjectivas para manter a distância, fotografámos o atarefado casal enquanto colhia insectos e lagartas para os seus filhotes. Esta imagem encanta-me porque captura a energia do chapim, o seu habitat desértico e a protecção que os cactos lhe proporcionam.”

Nikon Z9 com uma objectiva Nikon AF-S NIKKOR 500 mm f/5.6E PF ED VR; 1/400 segundo a f/7.1; ISO 640

Os peixes pequenos que se encontram perto da superfície do mar devem estar atentos aos predadores, que podem vir das profundezas ou do céu.

SUNIL GOPALAN / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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8. Pelicano-pardo – Pelecanus occidentalis

Fotografia galardoada com o primeiro prémio na categoria: Pescador

(Parque Nacional das Galápagos, Equador)

Os peixes pequenos que se encontram perto da superfície do mar devem estar atentos aos predadores, que podem vir das profundezas ou do céu.

Os pelicanos-pardos são uma das maiores ameaças áreas nas águas abertas entre os EUA e o arquipélago das Galápagos, atirando-se de cabeça sobre as ondas para capturar peixe com uma espécie de bolsa que possuem sob o seu bico expansível. Os pelicanos adultos têm pouco a temer de outras criaturas enquanto estão no ar, mas na água também devem manter-se alerta a possíveis ataques de tubarão.

“Os meus filhos chamaram-me enquanto estávamos a fazer um cruzeiro pelas Galápagos com a minha família”, conta o fotógrafo Sunil Gopalan. “As luzes do barco atracado tinham atraído muitos peixes. Por sua vez, isso atraíra vários tubarões das Galápagos e um pelicano-pardo. Uma interacção de espécies como esta é uma oportunidade ímpar para tirar fotografias. O pelicano saltava para fora da água quando o tubarão se aproximava e tive de cronometrar as minhas capturas para que ambos ficassem enquadrados. Após um par de horas, consegui fotografar algumas interacções. Nesta imagem, o tubarão nada em baixo da ave, criando uma silhueta fantasmagórica. Não sabia se este tipo de fotografia era comum, mas para mim era especial.”

Canon EOS R3 com lente Canon EF 100–400 mm f/4.5–5.6L IS II USM @100 mm; 1/200 segundo a f/4.5; ISO 25.600

“Ao amanhecer, quando a maré estava baixa, naveguei de caiaque até um sítio onde as garças vermelhas pescavam”, conta o fotógrafo Nathan Arnold, autor desta fotografia. “Uma névoa densa obscureceu o Sol, criando uma bela luz amarela alaranjada. A cena parecia surrealista. É surpreendente captar a loucura do comportamento de alimentação destas aves: a forma como cravam os seus bicos na água, saltam e esvoaçam.”

NATHAN ARNOLD / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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9. Garça-vermelha – Egretta rufescens

Fotografia galardoada com uma menção honrosa na categoria: Amateur

(Baía de San Carlos – Reserva Bunche Beach, Fort Myers, Florida)

“Ao amanhecer, quando a maré estava baixa, naveguei de caiaque até um sítio onde as garças vermelhas pescavam”, conta o fotógrafo Nathan Arnold, autor desta fotografia. “Uma névoa densa obscureceu o Sol, criando uma bela luz amarela alaranjada. A cena parecia surrealista. É surpreendente captar a loucura do comportamento de alimentação destas aves: a forma como cravam os seus bicos na água, saltam e esvoaçam.”

A garça-vermelha é famosa pelo seu variado repertório de alimentação. Com um extenso leque de técnicas de pesca, os indivíduos desta espécie podem deter-se numa zona, caminhar lentamente ou correr de um sítio para outro, cambalear de lado agitando a água com as patas ou abrindo e fechando abruptamente as asas. Todos estes movimentos servem para assustar os peixes, levando-os a mexerem-se. Quando captura a sua presa, a garça atira-a habilmente para o ar, engolindo-a de uma só vez.

Sony Alpha 1 com lente Sony FE 400mm f/2.8 GM OSS; 1/2000 segundo a f/2.8; ISO 640

“Estava a disfrutar da tranquilidade de um amanhecer isolado no meu caiaque quando ouvi um forte zumbido”, conta a fotógrafa Vicki Santello, autora desta imagem. “Não conseguia imaginar o que poderia ter feito um som tão intenso, mas os meus ouvidos rapidamente me guiaram até à origem de tamanho alvoroço: milhares de andorinhas arborícolas caçando insectos na superfície da água.”

VICKI SANTELLO / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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10. Andorinha arborícola – Petrochelidon nigricans

Fotografia galardoada com uma menção honrosa na categoria: Plants for Birds

(Área de património nacional de Atchafalaya, Luisiana)

“Estava a disfrutar da tranquilidade de um amanhecer isolado no meu caiaque quando ouvi um forte zumbido”, conta a fotógrafa Vicki Santello, autora desta imagem. “Não conseguia imaginar o que poderia ter feito um som tão intenso, mas os meus ouvidos rapidamente me guiaram até à origem de tamanho alvoroço: milhares de andorinhas arborícolas caçando insectos na superfície da água.”

“Foi o bater colectivo das suas asas que gerou o ruído. À medida que me aproximava, tive uma segunda e maravilhosa revelação: as andorinhas que não estavam a caçar descansavam sobre ciprestes dos pântanos (Taxodium distichum) velhos e desnudos. As aves estavam tão apinhadas que os ramos pareciam ter folhas. Deixei o meu caiaque à deriva e comecei a fotografar, fazendo experiências com distâncias focais e ângulos, até o bando levantar voo em simultâneo.”

Os insectívoros aéreos, como as andorinhas e os andorinhões, alimentam-se em voo capturando insectos no ar enquanto se deslocam com graciosidade sobre campos abertos ou sobre a água. Ao contrário dos andorinhões, que podem permanecer no ar continuamente, as andorinhas arborícolas descansam nos seus poleiros quando podem. Estes majestosos ciprestes dos pântanos, árvores icónicas das zonas húmidas do sudeste dos EUA, proporcionam às andorinhas uma zona de alimentação privilegiada: um pântano aberto onde os enxames de insectos se reúnem frequentemente em massa.

Canon EOS-1D X Mark III com lente Canon EF 100-400 mm f/4.5-5.6 IS @140 mm e Canon Extender EF 1.4x III; 1/800 de segundo a f/8; ISO 1250

À semelhança de muitos anatídeos, a marrequinha-americana acasala principalmente nas zonas onde passa o Inverno e o cortejamento inicia-se no final do Outono.

JAMES FATEMI / AUDUBON PHOTOGRAPHY AWARDS 2023

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11. Marrequinha-americana – Anas carolinensis

Fotografia galardoada com uma menção honrosa na categoria: Jovem Fotógrafo

(Huntley Meadows Park, Alexandria, Virgínia)

À semelhança de muitos anatídeos, a marrequinha-americana acasala principalmente nas zonas onde passa o Inverno e o cortejamento inicia-se no final do Outono.

Ao início, o cortejamento pode ser uma actividade de grupo, onde até duas dezenas de machos competem simultaneamente pela atenção de uma ou mais fêmeas. Os machos fazem uma série de exibições, com muitas vénias, sacudidelas de cabeça, sinais com o bico e voos curtos e emitem sons altos. A fêmea acaba por escolher um dos seus pretendentes e o novo casal migra para as zonas de reprodução. O macho abandona o ninho pouco depois de a fêmea começar a incubar os ovos.

“Gosto de fotografar a vida selvagem na neve, mas este Inverno foi um dos menos nevados do que há registo”, conta o autor desta imagem, o fotógrafo James Fatemi. “Em finais de Fevereiro, precisamente quando começava a pensar que a temporada terminaria sem nevões, o prognóstico para a manhã seguinte anunciava rajadas fortes de vento. Fui até ao pântano pouco depois de amanhecer e esperei. Estas duas marrequinhas-americanas foram alguns dos poucos sujeitos que apareceram no pântano nesse dia. Passadas algumas horas, iniciaram o ritual de cortejamento e acasalamento, no preciso instante em que começaram a cair grandes flocos de neve. Pousei a minha câmara no passeio marítimo para obter numa perspectiva ao nível da água. A neve e a calma criaram uma imagem serena que me alegrou captar.”

Nikon Z9 com uma lente Nikon AF-S NIKKOR 600mm f/4E FL ED VR e um adaptador de objectiva Nikon FTZ II; 1/320 segundo a f/4; ISO 400

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