1. As suas cores vivas servem de aviso a possíveis predadores
Umas das características do peixe-leão são as suas cores vivas, acompanhadas por franjas pretas e brancas que os tornam perfeitamente discerníveis entre os recifes. Como a sua aparência lhes dificulta a mimetização com o que o rodeia, optaram por outra estratégia de defesa: possuem uma característica que os cientistas denominam aposematismo, por outras palavras sinais visíveis que advertem possíveis predadores para um perigo iminente.
2. É uma espécie invasora muito eficiente
O principal problema para os ecossistemas colonizados por peixe-leão é a elevada taxa de reprodução da espécie. Trata-se de uma das espécies invasoras mais letais porque exerce um forte impacto sobre muitas espécies comerciais, explica Erneto Azzurro, investigador do Instituto para a Investigación Biológica y Biotecnológica Marina IRBIM-CNR. O peixe-leão conhecido precisamente pela sua capacidade de se disseminar por outras regiões do mundo. Entre outras zonas, propagou-se pelas águas das Caraíbas e do Golfo do México, onde se pensa que tenha sido introduzido por acidente – um episódio que teve graves consequências ecológicas, pois a espécie não tem predadores naturais e reproduz-se muito rapidamente, causando danos às populações piscícolas nativas e aos recifes de coral. Os peixes-leão não colonizaram apenas o Atlântico, mas também o Mediterrâneo, ao qual chegaram através do canal de Suez.
3. São predadores muito vorazes
O peixe-leão é um caçador geralmente nocturno, embora os investigadores tenham encontrado alguns exemplares com restos de comida durante o dia. Alimentam-se praticamente de todas as criaturas marinhas que se encontrem na sua zona de distribuição, incluindo invertebrados e diferentes tipos de moluscos de pequeno a médio porte. Calcula-se que um único exemplar possa reduzir o número de juvenis de algumas espécies autóctones em cerca de 79 por cento em apenas cinco semanas.
4. Têm picos venenosos
Os picos do peixe-leão causam uma picada venenosa que pode durar dias e provocar dor extrema, suores, dificuldades respiratórias e até paralisia. O veneno é uma combinação de proteínas, uma toxina neuromuscular e um neurotransmissor chamado acetilcolina, que, entre outras consequências, provoca constrição dos brônquios. As picadas provocam náuseas, febre, vómitos e até problemas respiratórios e cardíacos. Se for picado por um peixe-leão deve procurar ajuda médica imediatamente.
5. As fêmeas põem cerca de 2 milhões de ovos por ano
O peixe-leão é uma espécie particularmente prolífica. As fêmeas alcançam a maturidade sexual muito rapidamente, quando atingem cerca de 15 centímetros de comprimento ou um ano de idade. Uma fêmea pode libertar entre 10.000 e 30.000 ovos não fertilizados a cada quatro dias, ao longo de todo o ano, o que significa cerca de 2 milhões de ovos por ano. Crê-se que os sacos de ovos contenham uma substância tóxica dissuasora que afasta os peixes predadores.
6. Quando se alimenta, o seu estômago pode aumentar até 30 vezes
O estômago do peixe-leão pode aumentar de tamanho até cerca de 30 vezes, o que lhe permite alimentar-se de espécies muito maiores: não só peixes e crustáceos de espécies pequenas, mas também espécimes juvenis de espécies maiores e até adultos.