“O Pólo, por fim!” Esta nota no diário de Robert Peary proclamava a descoberta do Pólo Norte pela sua equipa, na expedição de 1909 financiada pela National Geographic Society.

Em 29 de Maio de 1953, Edmund Hillary e Tenzing Norgay tornaram-se os primeiros homens a atingir o cume do Evereste, no âmbito de uma expedição patrocinada e equipada pela Rolex.

Juntas, a National Geographic e a marca relojoeira contam mais de duzentos anos de experiência no apoio a expedições e exploradores. Agora, estão a aplicar esse legado numa parceria única.

À semelhança do que fizeram ao longo do século XX, a Rolex e a National Geographic continuarão a apoiar a exploração de locais ainda por descobrir. E a parceria desenvolverá uma missão mais ampla. Além de explorar as maravilhas da Terra, procurará que os seres humanos aprofundem o seu conhecimento científico sobre essas maravilhas e conheçam este compromisso para as proteger.

Os parceiros vão apoiar esforços de conservação e exploração em torno de três áreas críticas: os oceanos da Terra, os pólos e as montanhas. Em cada área, a Rolex e a National Geographic vão:

  • Possibilitar expedições lideradas por cientistas e contadores de histórias;
  • Apoiar investigações que possam desencadear a descobertas científicas, novas tecnologias e soluções inovadoras;
  • Organizar cimeiras e actividades que informem e eduquem o público.

Ambos os parceiros há muito que têm ligações com figuras de proa da exploração oceânica. Entre eles encontram-se a oceanógrafa Sylvia Earle, que trabalha com a Rolex desde 1970; o oceanógrafo Don Walsh, que em 1960 alcançou o ponto mais profundo do oceano usando um batiscafo; o realizador de cinema James Cameron, que em 2012 conduziu um submersível até à mesma profundidade histórica; e o fotógrafo Brian Skerry, que consquistou o prémio Rolex National Geographic Explorer do Ano em 2017.

Dois dos feitos históricos da exploração do século XX foram a conquista do cume do Evereste, realizada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay (em cima, da esquerda para a direita), retratados aqui durante a subida; e a descoberta do Pólo Norte. Robert Peary, que liderou a expedição polar, captou a fotografia que se vê em baixo nas proximidades do Pólo Norte. Na imagem, vê-se uma das várias bandeiras colocadas pela sua equipa composta pelos inuit Ooqueah, Ootah, Egengwah e Seegloo, e o colega norte-americano Matthew Henson.

 

Juntas, a Rolex e a National Geographic estão empenhadas em inspirar e ajudar novas gerações de exploradores. Os homens e as mulheres aqui apresentados tipificam a paixão e a ambição no cerne desta parceria. É um prazer partilhar as suas histórias.


20.000 mil léguas sobre o mar

Ghislain Bardout

Ghislain Bardout e a mulher, Emmanuelle Périé-Bardout, com o apoio da Rolex, exploraram o mundo sob o Árctico. Agora, desenvolvem nova missão no outro extremo: nas margens da Antárctida. Ao longo da viagem de 80 mil quilómetros, mergulharão nas águas mais remotas do planeta, até profundidades raramente alcançadas pelo ser humano.

O casal planeia explorar os ecossistemas da zona mesopelágica, um domínio que a maior parte da luz nunca alcança. Estão também a  construir uma “cápsula” subaquática que lhes permitirá ficar submersos durante alguns dias. Este ano, permaneceram no Alasca durante o Inverno e velejam agora para a Polinésia. Na jornada, participam os dois filhos com 5 e 1 ano de idade.

Ao largo da costa de Gronelândia, num dia com apenas alguns minutos de luz solar, Ghislain Bardout brinca com o filho Robin e o cão, Kayak.

 

A cruzada pelos tubarões

Jessica Cramp

As ilhas Cook estão muito distantes do laboratório farmacêutico onde Jessica Cramp trabalhou em tempos. Desejosa de dar um uso mais tangível ao seu conhecimento, trocou o emprego por uma vida dedicada à protecção dos tubarões, os animais que motivaram o seu interesse pelo mar.

Fã de Jacques Cousteau, mudou-se para a ilha de Rarotonga, no Pacífico Sul, onde promoveu com sucesso uma campanha para proibir o comércio de tubarões em todo o arquipélago. Ajudou a estabelecer ali um santuário para tubarões com 1.997 milhões de quilómetros quadrados.

Desde então, Jessica Cramp fundou uma organização de investigação, divulgação e sensibilização chamada Sharks Pacific. Usa satélites para monitorizar os movimentos dos tubarões migratórios marcados e estuda a melhor forma de criar políticas que visem a protecção das criaturas ameaçadas. “Estou interessada em encontrar o equilíbrio certo entre tubarões, peixes e pessoas porque os humanos têm de ser considerados como parte do ecossistema”, diz.

“A minha pesquisa depende da tecnologia”, diz Jessica Cramp, que marca animais para os monitorizar por satélite. De cada vez que uma barbatana de tubarão sulca as águas, a localização do animal é transmitida para o seu computador.


 

Mapeamento dos gigantes do mar

Brad Norman

O tubarão-baleia é um dos animais mais misteriosos do oceano, mas há quase 25 anos que o biólogo Brad Norman desvenda lentamente os seus segredos.

Os padrões semelhantes a constelações existentes em cada tubarão-baleia são tão únicos como as impressões digitais. Com isso em mente, Brad ajudou os especialistas a reajustar um algoritmo astronómico numa ferramenta de busca que lê as fotografias para identificar tubarões individuais, conhecimento vital para a monitorização e conservação em larga escala. Também reuniu um exército de cidadãos-cientistas, incluindo crianças. Inspirar os outros “para ajudar a salvar o maior peixe do mar, e o ambiente natural de que ele depende, é uma alegria e um privilégio”, diz.

Brad foi galardoado com o Rolex Award for Enterprise e tenta agora resolver os mistérios do comportamento deste animal: “Estamos a iniciar um programa ambicioso para, com sorte, descobrir o ‘Santo Graal’: para onde vão os tubarões-baleia quando procriam?”

Brad Norman acompanha um tubarão-baleia no Parque Marinho de Ningaloo. Estes tubarões podem medir 18 metros.

O encantador de animais

David Gruber

“Tento ver o oceano através dos olhos das criaturas marinhas”, diz o biólogo marinho David Gruber. Foi essa atitude que levou o explorador emergente da National Geographic a construir uma câmara subaquática que simula a visão de uma tartaruga. David e sua equipa começaram a trabalhar no equipamento em 2015, depois da descoberta de uma tartaruga marinha biofluorescente nas ilhas Salomão.

David também ajudou a criar algo que ele denomina por “robusta mão de robot”, um equipamento com capacidade de recolher amostras do delicado coral sem o danificar. O investigador espera desenvolver outros modelos de robots para aprofundar a sua investigação sobre medusas.

Nos próximos meses, os visitantes da exposição National Geographic Ocean Odyssey em Nova Iorque poderão apreciar o mais recente trabalho de David Gruber sobre peixes-lanterna do Pacífico Sul e a forma como estes comunicam entre si. Tudo isto faz parte de uma visão maior: “A exploração leva à empatia.”

O biólogo David Gruber mergulha ao largo da Pequena Caimão, nas Caraíbas.