Tartaruga-oliva, pequena, abundante e em recuperação

Actualizado a

tartaruga

A tartaruga-oliva ganhou o seu nome pelo tom e forma da carapaça – dentro de água, assemelha-se a uma azeitona (olive em inglês). No Pacífico, são muito populares pelas suas arribadas, as chegadas em massa das fêmeas à mesma praia para a postura de ovos.

Bem longe de terra firme, no domínio pelágico do oceano Pacífico, ao largo da Ensenada de Muertos, na Baixa Califórnia Sul (México), um casal de tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) desempenha o seu ritual de acasalamento. É um momento determinante que contribuirá para a recuperação populacional da segunda espécie de tartaruga marinha mais pequena do mundo.

 

Bem longe de terra firme, no domínio pelágico do oceano Pacífico, ao largo da Ensenada de Muertos, na Baixa Califórnia Sul (México), um casal de tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) desempenha o seu ritual de acasalamento. É um momento determinante que contribuirá para a recuperação populacional da segunda espécie de tartaruga marinha mais pequena do mundo. 

Embora considerada a mais abundante dos oceanos, com cerca de oitocentas mil fêmeas poedeiras, estes são na verdade números alarmantes comparativamente com as estimativas históricas de dez milhões, só no Pacífico, muito antes da exploração desmedida destes animais pela sua carne, ovos e pele.

Actualmente, a tartaruga-oliva está classificada na Lista Vermelha da União Mundial da Conservação da Natureza como espécie vulnerável. Como nidifica num número muito reduzido de praias, qualquer distúrbio poderá ter consequências e repercussões trágicas em toda a população.

Em 1990, um decreto presidencial mexicano proibiu a sua captura, assim como a recolha de ovos em todo o México.
A medida de conservação foi um sucesso. Em 2017, registou--se um recorde: quatro milhões e seiscentas mil tartarugas-oliva nidificaram na costa mexicana do Pacífico. Foi uma reviravolta impressionante desde a década de 1980, uma era de caça a ovos e abate comercial de tartarugas neste país, em que nidificavam anualmente apenas cento e vinte mil.

Apesar de a espécie enfrentar ainda várias ameaças, como a pesca acessória, as alterações climáticas, a erosão das praias ou a poluição de plástico, os especialistas asseguram que o aumento de ninhos é um sinal claro de que os números destes répteis estão a estabilizar ou mesmo a aumentar.