O botânico Greg Wahlert estendeu um dedo acusatório. Uma nova espécie de Amorphophallus recolhida por si tresanda a queijo enquanto cresce, ganhando alguns centímetros por dia até atingir cerca de um metro de altura. “No auge da sua glória, emite fitoquímicos, cheira a fezes e a carne podre”, explica. 

Outros investigadores catalogaram algumas das 170 espécies conhecidas de Amorphophallus segundo o odor: peixe/urina; estrume/fezes; carne podre; queijo rançoso; ou surpreendentemente, especiarias/fruta/chocolate (incluindo uma espécie no Japão colhida para fabricar doces).

Greg Wahlert planeia efectuar um inventário botânico completo de Nosy Ankarea, a ilha ao largo de Madagáscar onde recolheu o espécime fedorento e onde já se detectam algumas ameaças. A ilha é desabitada e pertence a um arquipélago salvaguardado pelos antankarana. “Os antankarana protegem a sua cultura”, diz. “São um exemplo interessante de conservação.”