Todos a bordo

Entre correntes árcticas e fiordes estreitos, o arquipélago de Lofoten atrai aventureiros e surfistas de Inverno. A navegação nas ondas geladas requer uma grande dose de indre kraft (a expressão norueguesa para força interior). Na última década, o desenvolvimento dos fatos para águas frias tornou possível passar mais tempo em temperaturas geladas. “Somos apenas nós, a prancha e a imensidão da natureza”, diz a surfista alemã Aline Bock (aqui acompanhada da amiga Lena Stoffel).

Vida na ilha

Depois do surf, do stand-up paddle ou da caminhada, os aventureiros podem tirar partido da centenária cultura piscatória que define as ilhas. Entre as velhas cabanas, o bacalhau seca ao vento em estruturas de madeira, fornecendo o principal ingrediente para o guisado local. A luz do dia não dura muito durante o Inverno no Círculo Polar, dando aos visitantes bastante tempo para perseguirem os redemoinhos verdes das luzes do Norte, especialmente em redor das aldeias de Reine e Svolvær.

Foco ecológico

Com o selo de “destino sustentável” atribuído pelo Conselho Global de Turismo Sustentável, o arquipélago de Lofoten focou-se na preservação da sua cultura e na redução do impacte negativo do turismo. À medida que as alterações climáticas provocam o degelo dos glaciares e a subida do nível do mar, as ondas podem tornar-se demasiado traiçoeiras para o surf. A exploração de combustíveis fósseis em plataformas de alto-mar está a terminar na região, com potenciais repercussões positivas nas ilhas.

Os números

18  

População de Unstad, o local mais conhecido da ilha para o surf.

5º C 

Temperatura média da água em Fevereiro.

125

Quilómetros acima do círculo polar Ártico.

mapa