Ao longo do século XX, existiram várias tentativas de rentabilizar a captura e processamento de cetáceos no estuário do Sado.

Fontes António Teixeira e Capitão-de-Fragata J. Vicente Lopes

1ª Fase

Em 4 de Novembro de 1924, foi atribuída uma concessão de caça à baleia à Sociedade Portuguesa de Pesca de Cetáceos, Lda. No primeiro ano de actividade, o desmanche e processamento de derivados de baleia foram realizados a bordo do navio Professor Gruvel. No ano seguinte, em Tróia, foram criadas instalações para processar um total de 591 cetáceos, mas, em 1927, as capturas baixaram e no ano seguinte, sem actividade de baleação, a empresa encerrou portas.

2ª Fase

No Verão de 1943, foi anunciado pela empresa Francisco Marcelino dos Reis a construção de uma nova fábrica de transformação de baleias na margem do rio Sado. A caça à baleia era desenvolvida essencialmente entre o cabo da Roca e o cabo de Sines, com incursões mais longínquas. Durante os cinco anos de actividade destas instalações de transformação de grandes cetáceos, foram desmanchados perto de 600 animais.

3ª Fase

A nova economia de observação de golfinhos e baleias, está a crescer em Lisboa, Sesimbra e Setúbal. Os pequenos cetáceos são os mais fáceis de encontrar, mas as grandes baleias estão a recuperar e são avistadas com mais regularidade nas águas adjacentes a estas cidades. Em migração, são registadas cada vez mais baleias-comuns, o segundo maior animal do planeta a seguir à baleia-azul, bem como outros grandes cetáceos. A indústria ainda não colige dados estatísticos.

Os números:

26 metros, comprimento da baleia-comum

524 Baleias-comuns capturadas na primeira fase da baleação em águas continentais (1925 1927)

299 Baleias-comuns caçadas nas águas continentais portuguesas (1947 1951)