Em Itália, onde as espécies incluem a anatomicamente explícita Orchis italica (na imagem), ou seja, a orquídea-homem-nu, até as flores foram em tempos consumidas.

É um género da orquídea. É também a palavra grega para testículos (com os quais alguns bolbos de orquídeas se parecem ostensivamente). E, na mitologia grega, Orchis era um bruto cujo castigo por agredir uma sacerdotisa foi ser rasgado em pedaços, dos quais brotou uma planta com tubérculos semelhantes a testículos.

Desde a Antiguidade que as orquídeas têm sido “associadas à sexualidade”, diz o “Journal of Cultural Heritage”. Em algumas sociedades, ainda se consome a planta, esperando benefícios anatómicos.

Em Israel, consomem-se bolbos de orquídeas para combater a impotência; os bolbos são consumidos como afrodisíacos na Turquia. 

Há exemplares de orquídeas em todo o planeta, excepto nos pólos e nos desertos. Existem 25 mil espécies, sem contar com os muitos milhares que surgiram através da hibridação e selecção de cultivo de variedades, realizadas por uma plêiade de horticultores em todo o mundo.


Na Península Ibérica, existem cerca de cem espécies de orquídeas, distribuídas por 26 géneros. Cerca de cinco dezenas estão documentadas em Portugal continental. São todas terrestres, contrastando com as tropicais, que costumam ser epífitas (vivem entre as árvores) ou trepadoras. Todas as que apresentamos nesta galeria existem na Península Ibérica e apenas duas não estão documentadas para Portugal. A principal ameaça enfrentada pelas orquídeas ibéricas é a perda de habitat, mas as diferentes espécies podem ter necessidades muito díspares.