Borboletas de asas castanhas ou claras a planar pouco acima do solo florestal “como folhas a flutuar num riacho”, compara o entomólogo Phil DeVries.
Mostram algo a que se chama “efeito de solo”. É um fenómeno aerodinâmico que ocorre sempre que as asas se aproximam de uma superfície imóvel, diminuindo a resistência e aumentando a sustentação. Se já esteve dentro de um avião no momento da aterragem poderá ter sentido uma breve sensação de flutuação. Isso é o efeito de solo.
Num estudo recente, Phil e os colegas descobriram quase todas as espécies da tribo Haeterini, com excepção de uma, planaram junto do solo desta maneira energicamente eficiente. O seu segredo evolutivo: têm asas dianteiras mais compridas do que as restantes, o que as favorece em relação a um voo com batimento de asas.