Que factores ajudam essa fêmea a manter a cobiçada posição? Por um lado, o aumento de peso. Desde a fundação do Projecto Suricatas do Kalahari em 1993, o investigador Tim Clutton-Brock estudou cerca de cem grupos de animais. Concluiu que, valendo-se da idade, peso e agressividade, um macho e uma fêmea tornam-se os reprodutores  de cada grupo. Outros membros actuam como sentinelas, caçadores e babysitters.

Ao amadurecerem, os machos de posição inferior abandonam frequentemente o grupo.

Ao amadurecerem, os machos de posição inferior abandonam frequentemente o grupo. As fêmeas podem permanecer, e o mais velho e o mais pesado sucede geralmente ao suricata dominante após a sua morte. Os investigadores colocaram uma hipótese: se as fêmeas mais leves que se mantinham na fila de espera aumentassem de peso, as fêmeas mais pesadas também aumentariam?
Um grupo de fêmeas foi alimentado com um ovo cozido por dia, deixando de fora outras da mesma ninhada. Os  grupos foram treinados para subirem para balanças. A equipa descobriu que as fêmeas não alimentadas artificialmente aumentavam de peso tal como as outras, incrementando a quantidade de alimento que ingeriam. Para a investigadora Elise Huchard, isso demonstra que os suricatas “podem detectar mudanças no crescimento e tamanho dos potenciais concorrentes e reagir, ajustando o seu próprio crescimento”.
“O posto de reprodução é como ganhar o jackpot reprodutivo”, comenta Tim Clutton-Brock. “E por isso vale a pena lutar.”

 SURICATA suricata suricatta

Habitat/Distribuição
Desertos, planícies da África Austral.

Estatuto de conservação
Abundante.

Factos curiosos
Os suricatas alimentam-se sobretudo de insectos e pequenos roedores e escorpiões cujos ferrões aprenderam a remover.

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