No caso desta espécie, o período fértil das fêmeas é muito curto. Acontece por norma uma vez por ano (embora possa repetir-se um mês depois, caso a fêmea não engravide) e dura cerca de 24 horas. No resto do ano, a vagina da fêmea está selada por uma membrana. Para o biólogo Uldis Roze, especialista nesta espécie, essa membrana protege-a de doenças. “Estes porcos-espinhos alimentam-se de folhas e fruta no topo das árvores. Quando sobem, arrastam a barriga pelo tronco. Se a vagina estivesse aberta, estaria exposta a infecções”, explica. Os machos exibem uma estratégia semelhante: o pénis permanece escondido numa cavidade do corpo, embora possa atingir a erecção repentinamente erguendo-se como uma navalha automática.
Dias antes de a fêmea ovular, a membrana dissolve-se e a vagina segrega um muco acre que, misturado com a urina, é um chamariz irresistível para os machos. O processo dura alguns dias, durante os quais vários machos reúnem-se em torno da árvore e lutam entre si. O vencedor instala-se num ramo abaixo do da fêmea impedindo o acesso a qualquer rival. Depois, urina em direcção à sua pretendida, e a urina, carregada de albumina, encurta a distância que os separa.
Quando a fêmea recebe essa chuva de proteína dourada, o processo de ovulação é induzido. Ela exibe então os seus quartos traseiros, mantém os espinhos achatados contra o corpo e, por fim, acontece a cópula.
HABITAT / TERRITÓRIO
O porco-espinho-norte-americano (Erethizon dorsatum) é um grande roedor trepador que vive nas florestas do Alasca, Canadá e no Oeste dos Estados Unidos e México.
OUTROS DADOS
Esta espécie abundante tem o corpo coberto por milhares de espinhos pontiagudos que se eriçam ou achatam segundo a sua vontade e que são também usados para defesa e isolamento do frio. Em situações de perigo, emitem um odor forte que afasta os predadores.