Sob a superfície do parque, existe um mundo que poucos visitantes vêem: formações geológicas milenares.
O cenário de verão é luminoso no Parque Nacional de Yellowstone, mas sob a superfície existe uma realidade alternativa. O fotógrafo Brian Skerry entrou no ecossistema do lago Yellowstone para explorar pináculos únicos formados por fontes hidrotermais inactivas há milhares de anos. A guiá-lo, estava Brett Seymour (na imagem), mergulhador e fotógrafo do Serviço Nacional de Parques.
- Uma semana para o início: Mudança de Altitude
Em criança, Skerry preferia os kits de rochas aos conjuntos de química e sonhava tornar-se geólogo. Agora, um mergulho entre formações hidrotermais subaquáticas com 11 mil anos era uma missão de sonho, mas Brian acabara de chegar de um trabalho com golfinhos na Coreia do Sul e preocupava-o trocar o nível do mar por uma cota de 2.700 metros: Yellowstone é o maior lago da América do Norte e estende-se numa altitude elevada. Com que rapidez se ajusta o corpo humano?
- Três dias para o início: Lista de itens pendentes
Para se proteger da água quase congelada, Skerry usou um fato seco, que, ao contrário do fato húmido, permite que o utilizador use várias camadas de roupa. No momento em que Brian saltou do barco, envergava 45kg de equipamento.
> Um fato seco; um cinto de mergulho com 13,6kg de pesos de chumbos; Meias de lã, calças e camisola térmicas; Nove luzes subaquáticas portáteis; Oito caixas de equipamento fotográfico
- A hora H: Pronto para saltar
Todos os dias, durante uma semana, Brian e Brett equipavam-se e saltavam para a água. Afundavam-se naquilo que se assemelhava a um universo paralelo de sombras monocromáticas. A água era escura e turva e, por isso, Brian Skerry precisava de muita luz para captar um pináculo de oito metros. Ele e Brett levaram para o fundo nove luzes e posicionaram-nas em torno dos pináculos como se fosse iluminação de estúdio. Demorou uma semana a fazer os ajustes até obter a iluminação certa para a fotografia que se vê aqui.