Este tipo de investigação “foi desenvolvido em cães na década de 1990”, mas nunca em gatos, explica Kristyn Vitale Shreve, co-autora do estudo. “Estamos a recuperar o atraso.”

O estereótipo global dos gatos representa-os como animais intratáveis e pouco sociais, mas os pequenos felinos também podem ser ensinados com os mesmos princípios gerais usados nos cães, desde que os incentivos sejam adequados.

Traço de independência: um estudo do “Journal of Comparative Psychology” revela que, quando cães e gatos são incumbidos de resolver um quebra-cabeças, os cães procuram ajuda humana, enquanto os gatos continuam a tentar resolver sozinhos.

O próximo estudo de Kristyn incidirá na melhor forma de utilizar as preferências dos gatos para os treinar.

As emoções dos gatos são difíceis de decifrar: um estudo recente realizado em Itália por investigadores veterinários descobriu que a maioria dos donos não reconhece a variedade de sinais que os gatos usam para mostrar stress.

“Os donos de cães sabem mais sobre o comportamento dos seus animais”, diz a autora Chiara Mariti. Em contraste, os donos de gatos geralmente interpretam o comportamento dos seus animais de estimação como normal para a espécie.

Os investigadores continuam a trabalhar para resolver os mistérios destes felinos.

Em 2016, uma universidade sueca lançou um projecto de estudo que, ao longo de cinco anos, analisará a comunicação entre gatos e seres humanos.
O objectivo é perceber se os gatos reagem às diferentes entoações da fala humana e se será possível traduzir os seus miados em emoções e desejos.

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