O físico e fotógrafo italiano Alessandro Cerè interrompeu o trabalho no Centro de Tecnologias Quânticas em Singapura e aventurou-se em Hang En (na imagem) e Hang Son Doong, duas das três maiores grutas conhecidas do mundo. Teve de superar um percurso terrível e uma humidade constante de 90%.

“Numa gruta, não há sinal de rede. Ninguém pode conversar connosco, excepto as pessoas à nossa volta..” Alessandro Cerè

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Apenas um número limitado de viajantes tem autorização para visitar estas grutas. Alessandro conseguiu um lugar à última hora através de um amigo de um amigo.
Ao ver as imagens online, percebeu que precisaria de uma lente que conseguisse captar os contrastes de luz no interior das grutas e decidiu investir em novo equipamento fotográfico. Quando a viagem se aproximava, Alessandro correu todos os dias para se preparar para o esforço físico exigido pela caminhada e escalada na selva.

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É difícil tomar decisões para fazer a mala: a região é húmida e enlameada, mas as botas impermeáveis podem causar infecções nos pés.

Sapatos de caminhada permeáveis que secam rapidamente

Pó de talco para prevenir infecções

Saco impermeável para resistir à travessia de rios

Calças e camisas de mangas compridas para protecção contra sanguessugas

Comprimidos para substituir os electrólitos perdidos através do suor

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Os membros da expedição encontraram-se em Hanói dias antes para se conhecerem. Voaram depois para Dong Hoi. Ao entrar na selva, Alessandro desligou o telemóvel, feliz por não poder ser contactado. Os caminhos estreitos seguiam para cima e para baixo. O grupo passou quatro dias a vaguear com água pelas ancas antes de atravessar e acampar nas grutas altas. No final de Hang Son Doong, encontra-se a Grande Muralha do Vietname, uma barreira de 60 metros que tem de ser conquistada arduamente.