Suficientemente distante para que seja desafiante lá chegar mas suficientemente perto para que a sua presença magnética se imponha sobre quem o avista a partir da costa, o arquipélago das Berlengas é constituído pela ilha da Berlenga e pelos ilhéus das Estelas e dos Farilhões-Forcadas. Tem sido, ao longo de décadas, o destino de aventuras de um dia ou de longas estadas de Verão. Foi classificado como Reserva Natural em 1981.

A Reserva encerra um património natural valioso tanto em terra como no mar. As ilhas acolhem as únicas populações reprodutoras regulares em Portugal de roque-de-castro e de pardela-de-bico-amarelo, excluindo os Açores e a Madeira. São também o reduto de uma subespécie endémica de lagartixa (Podarcis carbonelli berlengensis) e de plantas autóctones como a magnífica arméria das Berlengas (Armeria berlengensis).

A necessidade de compatibilização dos valores naturais obrigou à criação de limites de visitantes diários. Em 2022, depois de um período de acalmia imposto pela pandemia, foi finalmente possível definir um limite para o número de visitantes em simultâneo (550 em 2022, pagando 3 euros numa plataforma digital). Foram também desenvolvidas campanhas de erradicação de espécies invasoras e de melhoria do habitat das espécies protegidas.

Os números

3
taxa turística, em euros

78,8
área da ilha em hectares

550
máximo de visitantes em simultâneo

80.000
visitantes em 2018