Este clado inclui faisões, pavões e cisnes entre 452 espécies. Porém, de acordo com um estudo recente, os machos mais coloridos e sensuais podem não ser aqueles que transmitem os melhores genes à prole.
“Muitas teorias defendem que os ornamentos, as cores e as caudas grandes são ostentados pelos machos mais aptos”, explica a bióloga Judith Mank. “Estamos a testar essa teoria” no estudo agora publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Judith e os colegas analisaram material genético de seis espécies de aves – umas mais vistosas e outras mais simples. Nas primeiras, descobriram um genoma em rápida evolução marcado por mutações genéticas ligeiras; nas de aparência mais simples, não o encontraram. Quando as fêmeas acasalam com machos vistosos, as falhas genéticas são passadas à geração seguinte, podendo com isso afectar as perspectivas da espécie no futuro.
O estudo confirmou que "não há ligação entre o glamour e a aptidão física", resume Judith. "Um macho pode ser atraente e não ser competente a nível genético. De certa forma, é publicidade enganosa."