Normalmente, ouvimos primeiro e só depois é que vemos. Esse foi o mote para o primeiro atlas acústico de Portugal, um projecto de uma equipa do Instituto Superior de Psicologia Aplicada e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência de Lisboa liderada pelo investigador Paulo Marques.
Cada espécie tem o seu próprio canto, que funciona como uma assinatura. As suas vocalizações permitem escolher o parceiro, sinalizar alarme ou encontrar
outros membros da espécie.

Para documentar as diferentes sonoridades naturais no território português, a equipa desenvolve gravações das paisagens acústicas, registando uma memória sonora do território português em diferentes habitats: montanhas, estuários, zonas agrícolas, florestas e áreas urbanas. Os sons recolhidos são depois tratados e separados para que se saiba que espécies ocorrem em cada lugar.