Aranhas voadoras

Actualizado a

aranhas voadoras

CLARE TRAINOR, NGM (MAPA); MESA SCHUMACHER. FoNTES: MOONSUNG CHO, UNIVERSIDADe TÉCNICA DE BERLim; ERICA L. MORLEY, UNIVERSIDADe DE BRISTOL; GUSTAVO HORMIGA, UNIVERSIDADe GEORGE WASHINGTON; ROBERT B. SUTER, VASSAR COLLEGE, MOLECULAR PHYLOGENETICS AND EVOLUTION 107 (2017)

Charles Darwin ficou fascinado com as aranhas voadoras que pousaram no HMS Beagle há quase dois séculos.

Charles Darwin ficou fascinado com as aranhas que pousaram no HMS Beagle há quase dois séculos.

Estes aracnídeos não têm asas, mas conseguiram aterrar no navio a 100 quilómetros de terra firme. Como chegaram ali? As últimas investigações trazem novas pistas sobre o possível papel desempenhado pelo campo eléctrico da Terra nesta façanha aérea. As aranhas voadoras elevam-se no ar como se empreendessem um voo aerostático: orientam o corpo em direcção ao fluxo de ar e libertam fios de seda que aproveitam o vento e o campo eléctrico para levantar voo. Voam em busca de melhores locais e, uma vez no ar, conseguem controlar os seus movimentos, mas não a direcção para onde rumam.

O voo das aranhas

1. Em pontas 

A aranha trepa até um ponto elevado, segura-se com uma espécie de âncora e avalia as condições com as patas anteriores. De seguida, apoia-se na extremidade das patas posteriores, eleva o abdómen e liberta a seda.

2. Zarpando

Com a força obtida no campo eléctrico  e o impulso ascendente da brisa ,
a aranha eleva-se no ar e “voa”, depois de quebrar a linha de âncora e de criar um “pára-quedas” em forma de leque feito com fibras de seda. 

3. Voo de alto risco

As aranhas podem alcançar 4,5 quilómetros de altura e voar milhares de quilómetros sem água ou alimento, mas muitas não sobrevivem a estas arriscadas viagens. Em contrapartida, a maioria dos voos são curtos.