Um  besouro da espécie Agrilus planipennis paira em observação das formas femininas abaixo de si.

É atraído pela forma como a luz é reflectida pelos seus corpos. Escolhe uma, aproxima-se, inicia o contacto físico... e é atingido por 4.000 volts. O acasalamento com um isco electrificado é uma forma macabra de morrer, mas o entomólogo Michael Domingue não tem escrúpulos em matar este besouro. Desde 2002, esta espécie já foi responsável pela morte de centenas de milhões de freixos endémicos.

Michael e os colegas da Universidade Estadual da Pensilvânia criaram uma femme fatale: uma falsa fêmea, alimentada com baterias de modo a produzir uma descarga eléctrica mortal sobre qualquer macho que tente acasalar com ela. Os investigadores criaram uma versão do isco numa impressora 3D, mas os machos não reagiam. Criaram depois um modelo mais realista, com um tom esmeralda semelhante e uma superfície com textura de dispersão de luz semelhante ao corpo do besouro real. Nos testes com besouros fêmeas mortos e os iscos de alta resolução (em cima), o número de machos que desceu sobre cada um foi virtualmente o mesmo.

A colocação de armadilhas com iscos em áreas ainda não afectadas pelos besouros poderá ajudar os cientistas a detectar a disseminação do insecto a tempo de implementar medidas preventivas.

HABITAT/DISTRIBUIÇÃO

Endémico da China, o besouro da espécie Agrilus planipennis foi encontrado no Michigan em 2002. Existe agora em 25 estados dos EUA e no Canadá.

OUTROS FACTOS

As larvas matam os freixos comendo a sua casca interna e impedindo a circulação de água e nutrientes.

 

 

 

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