Este lémure da espécie Propithecus coquereli foi fotografado no Zoológico de Houston.
Os lémures têm origem num dos mais antigos ramos da árvore geneológica dos primatas: os seus antepassados viveram no Eocénico há 55 milhões de anos.
Evoluíram durante milhares de anos, modificado comportamentos e refinando os sistemas sociais. E onde é que tudo isso os levou? À supremacia feminina.
Embora o matriarcado seja raro entre os primatas, a dominância feminina é a norma para a maior parte das espécies de lémures, nomeadamente para o Propithecus coquereli. Até mesmo as fêmeas mais jovens podem impor-se aos machos. As fêmeas são também as primeiras a escolher os alimentos e locais de descanso, diz Chris Smith, do Centro de Lémures de Duke. “Já vimos fêmeas roubando comida da boca de machos. E se este estiver no ponto ensolarado que ela deseja, a fêmea dirige-se para lá, e o macho afasta-se com um cacarejar submisso.” Se um macho desagradar a uma fêmea ela pode empurrá-lo, esbofeteá-lo e até mesmo arrancar-lhe pedaços de pêlo. No breve período anual em que querem acasalar, as fêmeas são “pequenas manipuladoras”, diz Lydia Greene, da Universidade Duke. “Elas controlam por completo com quantos e com que machos querem acasalar.” Em Madagáscar, a desflorestação e as queimadas destruíram 90% do seu habitat. Das 103 espécies e subespécies de lémures sobreviventes, 20 são “Vulneráveis”, 49 estão “Em Perigo” e 24 “Criticamente em Perigo”.
Habitat/Distribuição: Florestas de Madagáscar.
Estatuto de conservação: O lémure é o mamífero mais ameaçado do planeta.
Outros factos: Nove espécies de lémures são conhecidas por sifakas devido ao som que produzem quando se sentem em perigo.