Cerca de 340 a.C., o dinâmico Filipe II da Macedónia conquistou a Grécia, mas foi assassinado pouco depois, em 336 a.C. O filho, Alexandre, que tinha então 20 anos e já era um comandante veterano do exército macedónico, tornou-se rei. Quando os gregos se revoltaram, o jovem rei esmagou sem piedade os rebeldes de Tebas e destruiu a cidade.

A conquista do Oriente

Em 334 a.C., Alexandre partiu à conquista do Império Persa, então já não tão pujante como outrora, embora continuasse a ser mais numeroso do que o da Grécia. O seu exército contava com cerca de 40 mil soldados e incluía cavalaria pesada, infantaria ligeira e uma falange de soldados de infantaria. Alexandre distribuiu habilmente as tropas e ganhou a sua estima, liderando-as em combate. Em contrapartida, os comandantes persas eram frequentemente mercenários que careciam da estima dos seus homens.

Depois de atravessar o Bósforo até à Ásia Menor, Alexandre pôs em fuga uma força persa constituída principalmente por mercenários gregos. Não mostrou misericórdia por aqueles soldados, apesar de se considerar o libertador das antigas cidades gregas da Ásia Menor, submetidas aos persas.

cronologia de Alexandre o Grande

No golfo de Isso, o rei persa Dario III atacou Alexandre, mas sofreu uma derrota humilhante. Alexandre marchou para sul até ao Egipto para “derrotar a frota persa em terra”, apoderando-se de qualquer porto onde existissem navios de forças contrárias ao seu avanço. O porto de Tiro, no Líbano, recusou render-se e Alexandre só obteve a vitória após um cerco de sete meses. No Egipto, em contrapartida, foi aclamado como um deus-rei por libertar o país do domínio persa.

Tendo assegurado a costa mediterrânea, Alexandre avançou para a Mesopotâmia onde, em 331 a.C., Dario I o esperava na planície de Gaugamela com um exército reforçado. Implacável, Alexandre demonstrou que um pequeno exército actuando de forma coordenada era superior a exércitos maiores com falta de coesão. Quando surgiu uma brecha nas fileiras persas, ele e a sua cavalaria de elite avançaram, dividindo o exército adversário em dois. Derrotado e infeliz, Dario morreu um ano depois às mãos de um assassino persa.

Imério de Alexandre o Grande

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Ao acrescentar as terras persas ao seu reino, Alexandre criou um império euro-asiático de dimensões sem precedentes.

Inebriado, persistiu no avanço territorial. Apoderou-se da Báctria, no actual Afeganistão, onde se casou com Roxana, filha de um chefe bactriano. E, em 327 a.C. invadiu a Índia após cruzar o rio Indo. Quando as chuvas das monções deixaram as tropas atoladas na lama, a febre atacou os soldados. Essas condições desencadearam uma revolta e, em 325 a.C., Alexandre inverteu a marcha.

Parménio

Parménio, de conselheiro a traidor. O general macedónio Parménio serviu de patrono e protector do jovem Alexandre, que tinha apenas 20 anos quando o pai foi assassinado. Trinta anos mais velho do que o jovem soberano, Parménio aconselhou-o a casar-se e a ter um filho antes de se lançar na guerra contra os persas. Era um bom conselho porque Alexandre morreu sem deixar um herdeiro macedónio, desencadeando uma sangrenta luta pelo poder entre os seus generais com a consequente desagregação do império. Em combate, Parménio comandava uma ala da cavalaria, enquanto Alexandre comandava a outra, organizando cargas heróicas. Alexandre não tolerava rivais e a posição de Parménio como conselheiro colocou-o numa posição perigosa. Após a derrota dos persas, Filotas, o filho de Parménio, foi acusado de conspirar contra Alexandre e executado. Parménio, o homem que fora um segundo pai para o rei, foi considerado cúmplice e Alexandre mandou matá-lo. Na imagem Sarcófago atribuído a Alexandre.

Herança grega

O dom de Alexandre era a estratégia militar e não a diplomacia. Para organizar o reino, contratou oficiais persas pelas suas capacidades administrativas. Quando morreu repentinamente em 323 a.C., o seu império desintegrou-se rapidamente. No entanto, as dinastias macedónicas criadas pelos seus generais (Ptolemeu no Egipto e Seleuco e Antígono no Médio e Próximo Oriente) tiveram consequências profundas na região, incutindo ali o espírito e a cultura de um mundo grego que Alexandre expandiu com ousadia.

Curiosidades sobre Alexandre o Grande

Alexandre o Grande