O Calendário Asteca e a ligação com os Deuses

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O povo asteca herdou um panteão rico da tradição da América Central, que seria ampliado com as suas divindades tutelares e as das regiões incorporadas no império.

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Também conhecida como o Calendário asteca, a Pedra do Sol é um monólito de basalto em cujo centro está representado o deus Tonatiuh, vinculado ao Quinto Sol (Museu Nacional de Antropologia, México).

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Era uma das muitas invocações de Quetzalcóalt («a serpente emplumada»). Neste caso, trata-se do deus do vento, que abre passagem às águas de Tlaloc.

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Numa sociedade vocacionada para a guerra, Tonatiuh, deus dos guerreiros, era igualmente o Quinto Sol, que regia a era em que viviam os astecas. Sob seu domínio, estava o paraíso méxica.

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«Nosso senhor, o esfolado» era o deus da Primavera. As vítimas que lhe eram oferecidas eram esfoladas e as suas peles eram símbolos do renascimento da terra e da nova vegetação.

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A «Senhora da saia de jade» era a deusa das águas vivas: rios, lagos e mares. Companheira de Tlaloc, juntamente com ele governava os Tlaloc, deuses recolectores de água.

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Deus da guerra e das tempestades, foi concebido quando Coatlicue, a mãe-terra, engravidou de uma bola de penas que caiu do céu.

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Deus da chuva e da fertilidade, tinha o nome de «Aquele que faz que as coisas floresçam». Era temido porque podia provocar secas e furacões devastadores.

Os astecas herdaram um panteão rico da tradição da América Central, que seria ampliado com as suas divindades tutelares e as das regiões incorporadas no império.

Na tradição dos povos da América Central, o calendário asteca apresentava uma dupla estrutura.

Por um lado, o calendário solar civil de 365 dias (xihuitl), que proporcionava as referências temporais para as actividades da sociedade no seu conjunto, especialmente para as tarefas agrícolas: era composto por 18 meses, os meztli, de 20 dias cada e dedicados aos deuses.

Cada deus presidia um mês, durante o qual se celebravam grandes festas e eram sacrificadas vítimas em sua honra. Cinco dias compunham uma semana e o quinto, tianquiztli, era dedicado ao comércio. O ano ficava completo com mais cinco dias chamados nemontemi (dias vazios), nos quais se cessava toda a actividade e eram dedicados ao jejum e à abstinência por serem considerados malditos.

Por outro lado, existia um calendário místico de 260 dias (tonalpohualli), usado para estabelecer horóscopos e previsões dos dias fastos e nefastos do ciclo.

A combinação de ambos dava lugar a ciclos de 52 anos de duração, designados por xiuhmopilli (vínculo de anos).