O auroque é um antepassado das raças modernas de bois, deveria ser também uma visão comum no Mesolítico tardio português. No Verão de 2011, uma escavação conduzida pela ERA Arqueologia e coordenada por António Carlos Valera e Helena Santos colmatou essa lacuna, encontrando no sítio do Monte do Carrascal 2, em Ferreira do Alentejo, uma haste praticamente completa de um destes impressionantes animais. 

Queimada numa lareira do Mesolítco, esta é a haste de auroque mais bem preservada do país.

 A datação por radiocarbono estimou uma idade de 7.650 anos para este achado.  “Encontrámo-la no que terá sido uma lareira do Mesolítico, mas não temos garantias de que este animal em concreto tivesse sido aqui consumido”, diz o arqueólogo. O registo arqueológico comprova a coabitação de humanos e auroques na planície alentejana, sugerindo a possibilidade de estes animais poderem fazer parte da dieta da época.

Com uma altura até 1,85m, o auroque-europeu teria uma envergadura maior do que a do touro moderno.