Ao espreitar o que se escondia por baixo dos panos de linho de uma múmia de ave egípcia, uma fotografia computorizada revelou uma verdadeira avis rara: o animal parece ter morrido sufocado com um rato.

Os ossos da cauda do rato permanecem alojados no esófago da ave. O estômago guarda o que resta do rato bem como vestígios de outras refeições.  

Os investigadores ficaram surpreendidos ao descobrir ossos da cauda ao longo do esófago. O resto do roedor estava no estômago que continha também vestígios de dois outros ratos e ossos e garras de um pardal. “Isto significa que o animal comera excessivamente”, diz a especialista em múmias Salima Ikram.

Em ambiente selvagem, uma ave de rapina como esta teria comido a sua presa, digerido o que podia e regurgitado partes como ossos e dentes.

Esta ave estava tão cheia que não teve a hipótese de regurgitar, o que sugere à investigadora que estava em cativeiro e era alimentada à força. Provavelmente, faria parte dos muitos milhões de aves criadas para sacrifícios aos deuses no período entre 600 a.C. e 250 d.C., pelo que a morte seria o seu destino mesmo que não tivesse sufocado em resultado de uma gula pouco natural.