A licença de maternidade paga é vulgar em todo o mundo: é uma política governamental em 34 dos 35 países membros da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (todos, excepto os Estados Unidos). Cerca de dois terços desses países também financiam pelo menos curtas licenças parentais para o pai, um benefício inicialmente apresentado pela Suécia, em 1974.
O programa da Suécia permitiu que os progenitores dividissem os 480 dias de licença subsidiada para cuidar das crianças, e ganhar um bónus de acordo com a forma como dividiam a licença. Mas, apesar desses incentivos, apenas cerca de 14 por cento dos progenitores da Suécia “dividem o período de forma igual entre parceiros", diz Johan Bävman.
Johan juntou-se às fileiras desses pais em 2012 quando nasceu o filho Viggo: “Eu queria estar em casa sozinho com ele, para perceber as suas necessidades”. Também tirou a licença para ficar em casa com Manfred, nascido em 2016. No seu projecto fotográfico (agora um livro), Johan Bävman retrata pais na Suécia que se encarregam das crianças e das tarefas domésticas. “Ainda não é reconhecido que isto é um trabalho duro a tempo inteiro”, diz ele e “algo que é feito pelas mulheres desde semprem.”
Até agora Bävman já fotografou 45 pais em licença de paternidade. Está feliz por apresenta-los como modelos a seguir “de forma a que os homens vejam os benefícios desta licença.” Mas não está tão impressionado com o nome que alguns suecos lhes dão: latte-pappor, ou “pais latte”, como se estes homens apenas cuidassem das crianças entre idas ao café. Embora beba café o fotógrafo diz que “nem tenho tempo para me sentar.”
Johan Bävman diz que ter tirado licenças de paternidade longas para ficar com os filhos tornou-o um pai melhor, e espera que seu projecto de fotografia inspire mais pais e mais países a experimentar esta ideia.