Os etruscos dominaram grande parte da Itália entre 800 e 500 a.C., incluindo Roma. Em 509 a.C., porém, os romanos expulsaram o último soberano etrusco de Roma: Tarquínio, o Soberbo. Após conseguir a independência, Roma converteu-se numa república governada por dois cônsules.

O triunvirato

No século II a.C., os romanos adoptaram o conceito de cidadania e reforçaram o exército. Em 146 a.C., já tinham esmagado Cartago e conquistado a Grécia e a Macedónia. A sociedade estava dividida entre os patrícios aristocráticos e os plebeus, com menos direitos políticos, o que originou confrontos frequentes entre os dois grupos que, em 88 a.C., culminaram numa guerra civil. O banho de sangue deixou Roma à beira do colapso. O general Júlio César criou um triunvirato com Marco Licínio Crasso, um dos homens mais ricos de Roma, e Pompeu, vencedor de campanhas na Hispânia, na Ásia Menor, na Síria e na Judeia.

Império romano

César aprovou reformas que beneficiaram os cidadãos sem nada a perder e ganhou o favor dos plebeus. Assumiu o comando das forças romanas para conquistar os desafiadores gauleses e regressou como um herói em 51 a.C. Entretanto, Crasso morreu, deixando Pompeu e César em disputa pela supremacia.

Em 49 a.C., César atravessou o Rubicão para lá do qual nenhum general romano tinha o direito legal de comandar tropas. O Senado ordenou a Pompeu que fizesse cumprir a regra, mas ele não tinha o apoio das massas em Roma e falhou na tentativa. Fugiu e foi assassinado no Egipto. Apesar de ter sido nomeado ditador perpétuo, César foi também assassinado por um grupo de conspiradores em 44 a.C.

O herdeiro, Octávio, formou um novo triunvirato com Marco António e Marco Emílio Lépido. António e Octávio separaram-se quando Marco António iniciou um relacionamento com Cleópatra, rainha do Egipto. Octávio declarou-lhes guerra e os amantes, derrotados, cometeram suicídio em 31 a.C. Com Octávio, iniciou-se uma longa era de tranquilidade: a Pax romana, que durou quase dois séculos.

Império romano

Clique na imagem para ver detalhes.

Os monarcas absolutos

Tibério, o líder seguinte, foi muito afectado por intrigas e revoltas internas. Entre os seus sucessores só houve apenas um soberano digno, Cláudio, que invadiu a Bretanha. As suas conquistas foram ofuscadas pelos excessos de Calígula e Nero, cujo suicídio em 69 a.C. originou uma guerra civil ganha por Vespasiano. rajano, originário da Hispânia, foi o primeiro soberano nascido fora de Itália e expandiu o império com a conquista da Dácia (actual Roménia) e o avanço até à Mesopotâmia. Nessa época, os domínios de Roma estendiam-se do Mediterrâneo às Ilhas Britânicas. O império atingira o seu limite máximo e era necessário manter os invasores à distância.

Império romano

Comer e beber. Ao contrário dos gregos, para quem os banquetes eram um privilégio masculino, os romanos reuniam-se para refeições comemorativas que frequentemente juntavam homens, mulheres e crianças. Os convidados, servidos por escravos, deitavam-se para degustar ovos, ostras, peixes, aves e outras iguarias. O vinho corria com prodigalidade, frequentemente misturado com água ou mel para que os convivas pudessem beber sem ficar embriagados. Por vezes, as mulheres e as crianças retiravam-se mais cedo. Os homens ficavam e eram entretidos por cortesãs. Os romanos tinham conceitos diferentes sobre estes banquetes. Alguns acreditavam que Roma estava a enfraquecer e outros seguiam a filosofia de “comer, beber e ser feliz”. Embora os epicuristas usufruíssem destes prazeres gastronómicos, não aprovavam necessariamente a bebida e comida em excesso. Os romanos valorizavam o autocontrolo e sentiam pena daqueles que eram escravos dos seus apetites ou paixões.

Colapso imperial

O declínio começou no início do século III d.C., com repetidos ataques de tribos nómadas. No século IV, os invasores germânicos já tinham ultrapassado as mal defendidas fronteiras do império. Mesmo assim, o colapso de Roma em 476 não implicou o fim de todo o império, já que as regiões orientais se separaram das ocidentais. A divisão começara com o imperador Diocleciano, cujo sucessor, Constantino, fundou em 330 uma nova capital em Bizâncio (actual Istambul), no ponto onde a Europa se encontra com a Ásia.

Império romano