Por preconceito, habituámo-nos a esperar o pior de algumas regiões do mundo. Da Somália (e mais concretamente da Somalilândia, território que reivindica sem sucesso a sua independência) chega-nos, porém, uma história improvável de arqueologia. Em abrigos rochosos, comunidades neolíticas de pastores deixaram vestígios exuberantes do seu universo simbólico.

Almada Negreiros foi um dos principais artistas da primeira metade do século XX em Portugal. Nos grandes murais das gares marítimas de Lisboa, Almada deixou a sua visão do país – inconveniente para alguns, mas com uma expressividade raramente vista na arte portuguesa. Um projecto de conservação procura manter incólumes esses painéis.

Em Mértola, vila de incontáveis camadas de história, emergiu mais um vestígio do passado. Um vistoso mosaico paleocristão testemunha a continuidade de ocupação de Mértola no período convulso de transição civilizacional entre a Antiguidade e a Idade Média.

Na Eslovénia, mergulhámos numa das grutas mais espectaculares do mundo. Percorremos também a estrada mais perigosa do Afeganistão, testemunho incómodo do falhanço das várias potências que se envolveram na região. No Brasil, acompanhámos o movimento dos quilombos. E em Espanha fomos ver o que aconteceu ao Dólmen de Guadalperal, procurando extrair lições para o nosso próprio património submerso por albufeiras.

Boas leituras!