Entrámos na máquina do tempo e recuámos ao Cretácico. A Península Ibérica estava então em plena transformação geológica, ao mesmo tempo que, na Terra, ocorria uma revolução sem precedentes – os grupos de fauna e flora hoje comuns despontavam com inusitado vigor. Numa jazida ibérica, esse mundo cretácico ficou admiravelmente registado.

Do muito longínquo ao muito próximo: no final do século passado, o pinhal português foi apanhado de surpresa. Um invasor vindo da Ásia, mas originário inicialmente da América, entrou na península de Setúbal e criou um problema gigantesco. Há mais de vinte anos que os especialistas combatem o nemátode do pinheiro, o inimigo (quase) invisível da floresta.

Quando pensamos em alterações climáticas, não costumamos associá-las às grutas, mas, nos Alpes, há uma tragédia em curso. Grutas de gelo, verdadeiras catedrais da natureza, desaparecem a um ritmo inédito. O que lhe mostramos nas nossas páginas poderá já não existir daqui a dez anos.

Mergulhámos também com as lontras marinhas, prodígios de adaptação e história de sucesso da conservação mundial. À boleia do sucesso, porém, gerou-se uma crise. Não é fácil conviver com o apetite voraz destes carnívoros.

Não perca ainda as lições da arquitectura do barro e de como esta ajuda a combater o calor, conheça um gabinete de curiosidades privado e anote as zonas de importância para as aves na nossa vasta costa atlântica.

Boas leituras!