Até 2050 prevê-se que a população global atinja 9.800 milhões de habitantes. Calcula-se que 70% dessas pessoas viverão em áreas urbanas.
Perguntámos ao gabinete de arquitectura e planeamento Skidmore, Owings & Merrill (SOM) como projectaria uma cidade do futuro?
O plano exige que seja a ecologia a orientar o desenvolvimento. As fontes de recursos hídricos são protegidas e existem sistemas para captar a água, tratá-la e reutilizá-la.
A energia é renovável e a cidade continua habitável, mesmo quando aumenta a densidade. Os resíduos transformam-se em recursos. Os alimentos são cultivados localmente e de forma sustentável. Os comboios de alta velocidade melhoram a mobilidade. As autoridades apoiam a cultura e o património de uma população diversificada. A emissão de carbono das infra-estruturas é neutra e a economia é maioritariamente automatizada e baseada na internet.
Princípios do novo design urbano:
1. Infra-estruturas
Os edifícios são construídos com eficiência e incluem tecnologia que pode melhorar a qualidade dos recursos. As infra-estruturas são concebidas a pensar nos peões, com um número limitado de estradas para trânsito automóvel.
2. Recursos hídricos
A protecção dos sistemas hídricos a montante e a recolha e limpeza das águas pluviais melhoram a qualidade da água. A recuperação das zonas húmidas e as medidas de “cidade-esponja” revitalizam habitats e protegem contra cheias.
3. Projectando à escala núcleos urbanos
Numa estrutura urbana moderna, o ordenamento sustentável do território no interior e no exterior das fronteiras contribui para a prosperidade, proporcionando água, alimentos e lazer. Os transportes públicos diminuem as emissões e a duração das deslocações entre casa e o trabalho.
4. Cidade-esponja
Segundo o projecto da som, os parques e infra-estruturas permitem que a água se infiltre no solo, reabastecendo o lençol freático. Estas medidas de “cidade-esponja” já estão a ser testadas em xangai.