No estuário do Mondego, ainda se produz sal marinho de forma tradicional, respeitando a natureza, o passado, a cultura e a identidade do salgado da Figueira da Foz. O fotógrafo contou com a colaboração dos marnotos para captar este registo do “ouro branco”. A visita ao salgado da Figueira da Foz é “uma experiência e uma aprendizagem a não desperdiçar”, aconselha.

A pequena ilha do Corvo é grande em oportunidades fotográficas. Natural do Pico, o autor esperou pelo cair da noite. Certificou-se de que o céu estaria limpo de nuvens e aproveitou a ausência de poluição luminosa. O resultado permitiu “ao moinho ganhar outra vida”.

Numa madrugada gelada, tudo adquire uma beleza austera. Perto da Nave de Santo António, o fotógrafo descobriu esta queda de água, perto de um trilho de difícil acesso na zona do Poço do Inferno! Ali mesmo, apesar do frio, congelou “a cascata, os primeiros raios de sol e o gelo” numa única imagem.

O Porto reinventa-se em todas as estações do ano e tem sempre sentido de humor. Um elaborado grafiito de rua, concebido para aproveitar o próprio terreno sinuoso onde foi implantado, permitiu esta fotografia, onde pessoas e casas confundem os sentidos num sobe e desce dinâmico.

Em fotografia de natureza, para além do instinto e da perseverança, o factor mais determinante é “estar no sítio certo, no momento exacto e conhecer os comportamentos do animal”, diz o autor. Esse momento chegou quando o guincho-comum tocou com o bico no espelho de água.