Seleccionámos este mês quatro imagens afixadas pelos leitores no grupo português de discussão da revista no Facebook. Participe também.
Numa noite de Lua nova, com condições ideais para observar e fotografar o céu, o fotógrafo José Ramos, da Amadora, rumou ao Alentejo, “uma das melhores zonas da Europa para fotografar a Via Láctea”. Para “aquecer” a cor do feixe de luz, aplicou light painting à paisagem com uma lanterna Led Lenser L7 com filtro amarelo. Após quinze tentativas, “consegui o resultado que pretendia, revelando o céu majestoso, mas também a beleza minimalista da paisagem circundante”, conta.
Semanas depois da tragédia que enlutou o país, o autor deslocou-se à área ardida do incêndio de Pedrógão Grande para ajudar animais perdidos e doentes. Entre uma vasta superfície de paisagem triste e enegrecida, descobriu que a vida já estava novamente a rebentar. “Foi uma forma de a natureza nos demonstrar a força que tem e ao mesmo tempo um sinal de esperança, mostrando que tudo pode ter um recomeço”, explica o fotógrafo Pedro Abranches Mateus, de Cabanas de Viriato.
A neblina faz parte das ilhas como uma segunda natureza. O autor Pedro Vaz de Carvalho, de Ponta Delgada, desejava captar o “momento de formação das nuvens e do nevoeiro” quando este começa a invadir a caldeira das Sete Cidades na ilha de São Miguel. Na Serra Devassa, testemunhou como o nevoeiro galopa por caminhos e campos, “mergulhando pelas encostas destas montanhas e inundando todos os recantos do vale ao pôr do Sol”. A imagem captou o momento.
O mundo da fotografia macro é como uma quarta dimensão – objectos e formas ganham outras interpretações possíveis. Por brincadeira, o fotógrafo Hélder Quintas, de Bragança, jogou com a escala de uma situação em que a miniatura interage com os objectos físicos, criando uma ponte natural em cima de uma mesa vulgar.