A Nebulosa do Anel é uma nebulosa planetária: objectos que são os restos coloridos de estrelas moribundas que perderam grande parte da sua massa no final das suas vidas. Para muitos entusiastas do céu, a nebulosa do Anel é um objecto bem conhecido, sendo visível durante todo o Verão. Está localizado na constelação de Lyra

Um pequeno telescópio já revelou a característica estrutura de gás incandescente em forma de donut que lhe deu o nome. Esta estrutura distinta e as suas cores vibrantes há muito que capturaram a imaginação humana, e as novas e espantosas imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) oferecem uma oportunidade sem precedentes para estudar e compreender os processos complexos que deram forma a esta obra-prima do cosmos.

 "Estamos espantados com o pormenor das imagens. Sempre soubemos que as nebulosas planetárias eram lindas. O que vemos agora é espectacular", diz Albert Zijlstra, professor de astrofísica na Universidade de Manchester.

O Dr. Mike Barlow, cientista principal do Projeto da Nebulosa do Anel do JWST, acrescenta: "Estas imagens de alta resolução não só mostram os pormenores intrincados da camada em expansão da nebulosa, como também revelam a região interior em torno da anã branca central com uma nitidez requintada. "Estamos a testemunhar os capítulos finais da vida de uma estrela, um vislumbre do futuro distante mas inevitável do Sol", continua.

A cerca de 2.600 anos-luz da Terra, a Nebulosa do Anel nasceu de uma estrela moribunda que ejectou as suas camadas exteriores para o espaço. O que torna estas nebulosas verdadeiramente impressionantes é a sua variedade de formas e padrões, que muitas vezes incluem delicados anéis brilhantes, bolhas em expansão ou nuvens intrincadas e finas. Estes padrões são a consequência da interacção complexa de diferentes processos físicos que ainda não são bem compreendidos.

A luz da estrela central quente ilumina agora estas camadas. Tal como o fogo de artifício, os diferentes elementos químicos da nebulosa emitem luz de cores específicas. Isto resulta em objectos requintados e coloridos, e também permite aos astrónomos estudar em detalhe a evolução química destes objectos.

Além dos cientistas, o público é agora também presenteado com uma visão (ainda mais) fascinante desta maravilha celestial.