"Os sítios arqueológicos da ilha de Menorca são um relato de pedra de uma história milenar fascinante". É assim que a jornalista Eva van den Berg nos introduz a cultura talayótica numa reportagem que publicámos em Abril de 2022

Nesta imagem, vimos o maior ícone da identidade da ilha espanhola, a Naveta des Tudons, um túmulo colectivo construído com paredes de técnica ciclópica há mais de 3.000 anos.

Esta naveta é um tipo de edifício único no mundo e um exemplo excepcional dos monumentos funerários da cultura talayótica, cultura essa que corresponde, a partir de hoje, à 50ª inscrição de Espanha na Lista do Património Mundial da UNESCO (Portugal tem 17).

Num artigo recente que enumera cinco monumentos megalíticos a visitar na Europa, a jornalista Asun Luján recorda que "Menorca possui a maior concentração de todo o Mediterrâneo", contabilizando mais de 1.600 monumentos pré-históricos.

Taulas, Navetas, Talayots e grutas funerárias escavadas na rocha, bem como povoados inteiros, sobreviveram até aos nossos dias e são testemunhos em pedra da vida enigmática dos honderos (fundeiros, em português, assim denominados devido ao uso viabilidade deste povo com as fundas) que desenvolveram a cultura talayótica há 3.500 anos.

A sepultura de Naveta des Tudons é o monumento mais antigo e mais bem conservado do Mediterrâneo ocidental.