“Quando o público pensa em aranhas, imagina algo arrepiante”, explica Javier Aznar, biólogo e fotógrafo residente em Madrid que compôs um impressionante caleidoscópio de imagens de aranhas, sobretudo das florestas húmidas do Equador, onde viveu durante três anos. “Porém, quando olhamos mais de perto, observamos um mundo espantoso.”

As aranhas são incrivelmente diversificadas: existem mais de cinquenta mil espécies conhecidas, incluindo a mergulhadora Argyroneta aquatica, que vive maioritariamente na água, a Pardosa glacialis, que se distribui a norte do Círculo Polar Árctico, e a Gaius villosus, que atinge a provecta idade de 43 anos. No entanto, muitos humanos nunca dão uma oportunidade aos aracnídeos.

Nesta fotografia vemos a aranha da espécie Onocolus sp. a confundir-se com a folhagem na Reserva Ecológica de Jama-Coaque, um dos últimos exemplos de floresta tropical húmida na região entre a cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no Equador.

Onoculus é um género de aranhas da América do Sul descritas pela primeira vez pelo naturalista Eugène Simon em 1895.