Nesta revista, abordamos as culturas indígenasdesde o tempo de John Hyde, um dos pioneiros da National Geographic, que publicou a fotografia de um casal de noivos zulus em 1896
A dimensão antropológica faz parte do nosso DNA. É um dos recursos que utilizamos para mostrar a enorme diversidade do nosso planeta.
Muitas vezes, narramos histórias tristes que relatam desapropriação ou culturas em vias de extinção, mas a reportagem deste mês sobre os kayapó, provavelmente a mais rica e poderosa cultura indígena do Brasil, é diferente. Esta comunidade continue a viver num modelo de subsistência, mas não recusa algumas conquistas da tecnologia, mas assimila-as sem comprometer a sua identidade. Como relata o jornalista Chip Brown, o dialecto, as cerimónias e o sistema cultural permanecem intactos. Os kayapó dispõem da sua terra, uma extensão considerável de floresta húmida, e têm sido bem-sucedidos na sua protecção.
Essa certeza brilha também através dos retratos notáveis de Martin Schoeller. O repórter, que se celebrizou na fotografia de celebridades, escreveu que um grande plano estabelece “um confronto entre o espectador e o tema que a interacção diária torna impossível”. Através das lentes de Martin Schoeller vemos esses notáveis homens, mulheres e crianças tal como eles são: indescritivelmente humanos. Encontramos o seu olhar e ficamos ligados apesar da distância geográfica e cultural.