A imagem tradicional da rainha Victória, reproduzida nos selos, nas notas e na cultura popular, é a de uma monarca idosa anafada, hierática e cerimoniosa, eternamente de luto. Para as nossas gerações, Victória tornou-se um ícone da tradição, da severidade e do puritanismo. Esta visão estereotipada e pouco lisonjeira da rainha tem origem na última fase da sua vida, quando a septuagenária Victória estava perto do fim de uma existência cheia de triunfos, mas também de tragédias e desilusões.

Victória foi, no entanto, muito mais do que a soberana austera e inexpressiva dos seus últimos dias: existiu também uma Victória jovem, rebelde, com sonhos e ambições, que soube devolver à monarquia inglesa o prestígio minado pela manifesta incompetência dos soberanos que a precederam. Uma Victória apaixonada e entusiasta, cuja faceta mais íntima emerge na leitura atenta dos seus diários, que começou aos 13 anos e manteve até dez dias antes da sua morte, tendo reunido mais de quarenta e três mil páginas. 
 

Índice de "Rainha Victória: A mulher que reinou sobre o maior império da História", edição especial da colecção "Grandes Mulheres":

  • Prólogo
  • Sozinha no trono
  • Aprender a ser rainha
  • A mãe do Império Britânico
  • O ressurgimento do trono
  • A avó da Europa
  • Cronologia