Já não é futurista, mas surpreendentemente próximo: à medida que o cérebro envelhece e perdemos faculdades, poderemos delegá-las na tecnologia, que nos compensará pela deterioração das diferentes facetas sensoriais, cognitivas e motoras. Trata-se, sem dúvida, de um grande salto para a humanidade na conquista do envelhecimento cerebral, mas não será o último nem o definitivo.

Tecnologias de ponta como a medicina regenerativa com células-tronco ou a edição do genoma têm uma aplicação clara neste domínio científico que promete progressos nas próximas décadas. A isto juntam-se os avanços da computação e da inteligência artificial, que não só são cada vez mais indispensáveis como ferramentas de apoio à investigação biomédica.

Numa recente sessão científica sobre o envelhecimento no Parlamento espanhol, o geriatra e investigador Leocadio Rodríguez-Mañas perguntou à audiência: quantos de vós querem viver mais tempo? E quantos querem ser velhos? Rodríguez-Mañas resumiu assim a missão da ciência do envelhecimento no século XXI: conseguir que vivamos mais tempo sem deterioração funcional. E se há uma pedra angular para atingir idades centenárias com um organismo mais velho, mas não envelhecido, ela não é outra senão o órgão que governa todos os outros: o cérebro.

Índice d' "A Idade do Cérebro":

  • Introdução 
  • A luta contra o envelhecimento cerebral
  • Programados para envelhecer? 
  • A influência do ambiente 
  • Um cérebro jovem durante mais tempo  
  • Leituras recomendadas