Trigo num novo clima

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A Rússia é um dos maiores exportadores mundiais de cereais, incluindo trigo, mas teve de adoptar novas medidas.

Face às sanções internacionais e proibições de importação, o país focou-se recentemente na produção de mais alimentos para consumo próprio e impulsionou o financiamento às tecnologias capazes de aumentar a produção.

Estes esforços têm de antecipar as previsões de alterações de temperatura. Um clima em mudança expandirá provavelmente a quantidade de terrenos que podem ser cultivados nos próximos anos, mas alguns modelos prevêem que a produção de trigo cairá até 15% em cinco anos, sobretudo devido a inundações, secas e ondas de calor e frio.

 Para combater os efeitos negativos das mudanças climáticas, a Rússia prepara-se para mudar de paradigma. Soluções baratas de tecnologia rudimentar, como o plantio directo, podem reduzir a erosão do solo nas estepes do país. A estepe Kulunda, na Sibéria, por exemplo, tem maus solos e cerca de 50% dos terrenos agrícolas já estão degradados. Testes iniciais de plantio directo efectuados na região mostram-se promissores com mais 25% de rendimentos agrícolas. Juergen Voegele, do Banco Mundial, crê que a Rússia tem vantagem pelo facto de ter rapidamente adoptado práticas financeiramente lucrativas e sustentáveis.

 

 

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