A tabela periódica é actualmente composta por 118 elementos distribuídos por sete filas horizontais denominadas períodos e 18 colunas verticais conhecidas como grupos.

O seu descobridor, o químico russo Dmitri Mendeleev (também grafado Mendeleiev), não foi premiado com o Nobel por aquela que foi uma das contribuições essenciais para a história da química. Em vez disso, em 1955 recebeu a honra de dar o seu nome ao mendelévio (Md), um elemento químico com o número atómico 101 da tabela na tabela periódica.

A tabela periódica é um quadro que apresenta todos os elementos químicos existentes ordenados em função das suas propriedades físicas. Foi elaborada por um químico pelo químico russo Dmitri Mendeleev em 1869 e é considerada, por muitos, a descoberta mais importante da química. Esta ordenação complexa dos elementos permitiu prever a descoberta de novos elementos e realizar investigações teóricas sobre estruturas até então desconhecidas.

Quantos elementos tem a tabela periódica?

Actualmente, a tabela periódica conta com 118 elementos (94 dos quais existem de forma natural na Terra), mas os cientistas estão a tentar sintetizar novos elementos artificiais, não se descartando por isso a possibilidade de esta lista aumentar no futuro. Com efeito, os grandes laboratórios do Japão, da Rússia, dos Estados Unidos da América e da Alemanha competem para serem os primeiros a obter os próximos: 119 e 120.

Como está organizada a tabela periódica?

A tabela periódica dos elementos está organizada do menor para o maior, segundo o seu número atómico, ou seja, o número total de protões de cada átomo desse elemento. Os elementos estão distribuídos por sete filas horizontais denominadas períodos e 18 colunas verticais conhecidas como grupos, o que significa que os elementos pertencentes ao mesmo grupo têm propriedades semelhantes.

tabela periodica
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O que significa cada elemento da tabela periódica?

Cada casa da tabela periódica corresponde a um elemento químico com determinadas propriedades. Nessa casa, especifica-se o seu nome, o símbolo químico do elemento, o número atómico (quantidade de protões), a massa atómica, energia de ionização e electronegatividade, os seus estados de oxidação e a configuração electrónica. Graças aos símbolos químicos, é possível abreviar os elementos de determinados materiais, como a água que é composta por duas moléculas de hidrogénio e uma de oxigénio, ou seja, H20.

Grupos da tabela periódica

As 18 colunas verticais formam os ditos grupos da tabela periódica e são elementos que tendem a possuir propriedades químicas semelhantes. Por exemplo, a coluna mais à esquerda da tabela, conhecida como grupo dos metais alcalinos, contém elementos como sódio, potássio ou lítio, todos eles sólidos à temperatura ambiente, com pontos de fusão baixos, muito reactivos e com tendência para escurecer em contacto com a atmosfera. A sua nomenclatura foi sofrendo alterações, tanto ao longo do tempo como em função dos países.

Classificação dos elementos da tabela periódica:

  • Grupo 1: metais alcalinos
  • Grupo 2: metais alcalinoterrosos
  • Grupo 3: família do escândio (terras raras e actinídeos)
  • Grupo 4: família do titânio
  • Grupo 5: família do vanádio
  • Grupo 6: família do crómio
  • Grupo 7: família do manganésio
  • Grupo 8: família do ferro
  • Grupo 9: família do cobalto
  • Grupo 10: família do níquel
  • Grupo 11: família do cobre
  • Grupo 12: família do zinco
  • Grupo 13: terrosos
  • Grupo 14: família do carbono
  • Grupo 15: nitrogenóides
  • Grupo 16: calcógenios ou anfígenos
  • Grupo 17: halogénios
  • Grupo: 18 gases raros

O que é e para que serve uma tabela muda?

Uma tabela periódica muda é a mesma tabela periódica, mas sem os elementos, nem os números atómicos. Ou seja, é uma tabela periódica em branco. É um recurso muito utilizado para aprender a colocar os elementos químicos na tabela e analisar as suas diferentes qualidades.

Tabela periódica em branco

Actualmente, conhecem-se 118 elementos e todos estão perfeitamente colocados na tabela periódica. Não obstante, em meados do século XIX conheciam-se apenas 63 elementos e os químicos não chegavam a acordo sobre a forma como os designar e ordenar. Então, em 1860, organizou-se o primeiro Congresso Internacional de Químicos na cidade alemã de Karlsruhe. Esta reunião foi fundamental na história da ciência, pois ali nasceu a forma como actualmente organizamos os elementos químicos, mas não foi nada fácil chegar a acordo.

O primeiro passo foi estabelecer o conceito de peso atómico/massa atómica de um elemento, conforme determinado pelo químico italiano Stanislao Cannizzaro. Este conceito viria a inspirar três jovens participantes no Congresso, William Odling, Julius Lothar Meyer e Dimitri Ivánovich Mendeleeev, a criar as primeiras tabelas. De todas estas diferentes tabelas de organização dos elementos, a de Mendeleeev foi a mais inovadora, pois fazia previsões e deixava espaços livres para elementos que viriam a descobrir-se mais tarde, como o gálio (1875), o germânio (1887) ou o tecnécio (1937). A data oficialmente adoptada pela União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC) como referência para o aniversário de nascimento da tabela periódica é 1 de Março de 1869, segundo o calendário gregoriano (naquela altura o calendário utilizado na Rússia era o juliano, razão pela qual, segundo esse calendário, o aniversário seria a 17 de Fevereiro), pois foi a data em que Mendeleev publicou a sua investigação: A experiência de um sistema de elementos com base no seu peso atómico e semelhança química”.

Apesar de ser internacionalmente aceite que Dimitri Mendeleev foi o criador da tabela periódica, alguns autores consideram que a versão definitiva da tabela só foi possível graças à lei periódica, apresentada pelo britânico Henry Moseley no início do século XX.

Últimos elementos acrescentados à tabela periódica

Após a incorporação do fleróvio e livermónio (114 e 116), em 2016 foram incorporados quatro novos elementos na tabela periódica: nipónio, moscóvio, tenesso e oganésson, cujos números atómicos são, respectivamente, 113, 115, 117 e 118.

  • Fleróvio: número atómico 113
  • Livermónio: número atómico 114
  • Nihónio: número atómico 115
  • Moscóvio: número atómico 116
  • Tenesso: número atómico 117
  • Oganésson: número atómico 118

 

Elementos metálicos

Um dos grupos mais importantes da tabela periódica é o dos metais, ou seja, os que se encontram no centro e na parte esquerda da tabela periódica. Para sermos mais exactos, incluem os elementos dos grupos 1 ao 12 (excepto o hidrogénio) e alguns dos elementos dos grupos 13, 14, 15 e 16. Todos apresentam todas ou grande parte das seguintes propriedades físicas: mantêm-se em estado sólido à temperatura ambiente (excepto o mercúrio), são opacos, são bons condutores eléctricos e térmicos, têm uma estrutura cristalina em estado sólido e adquirem brilho quando polidos.

  • Alumínio
  • Bário
  • Berílio
  • Bismuto
  • Cadmio
  • Cálcio
  • Cério
  • Cromo
  • Cobalto
  • Cobre
  • Ouro
  • Irídio
  • Ferro
  • Chumbo
  • Lítio
  • Magnésio
  • Manganésio
  • Mercúrio
  • Molibdeno
  • Níquel
  • Ósmio
  • Paládio
  • Platina
  • Potássio
  • Rádio
  • Ródio
  • Prata
  • Sódio
  • Tântalo
  • Tálio
  • Tório
  • Estanho
  • Titânio
  • Volfrâmio
  • Urânio
  • Vanádio
  • Zinco

Elementos não-metálicos

De um modo geral, os elementos não-metálicos possuem características opostas às dos metais, ou seja, são maus condutores de calor e electricidade. Compreendem uma das três categorias de elementos químicos, se os classificarmos em função das suas propriedades de ligação e ionização. Tendo uma elevada electronegatividade, é mais fácil ganharem electrões do que perdê-los. Encontram-se na parte superior direita da tabela periódica, excepto o hidrogénio, e são essenciais para a vida, pois muitos deles, como o carbono, o hidrogénio ou o oxigénio, encontram-se em todos os seres vivos; outros, como o flúor, o silício ou o cloro, são essenciais.

  • Carbono
  • Nitrogénio (Azoto)
  • Oxigénio
  • Fósforo
  • Enxofre
  • Selénio

Elementos halogénios

Os elementos halogénios são os que formam o grupo 17 da tabela periódica. São apenas seis, mas são altamente reactivos devido à sua composição. Os seus átomos possuem sete electrões no último nível, o que lhes confere uma elevada electronegatividade. A palavra “halogénio” provém do grego “hals”, que significa “sal” e “genes”, que significa “origem”, por isso a tradução etimológica literal seria: “que origina sal”. Este nome deve-se ao facto de os halogénios terem uma alta capacidade de formar sais com o sódio, como por exemplo, o cloreto de sódio (o sal comum).

  • Flúor
  • Cloro
  • Brómio
  • Iodo
  • Ástato

Gases raros

Os gases raros são aqueles que se encontram no extremo direito da tabela periódica, no grupo VIIIA. São gases incolores, inodoros, insípidos e não inflamáveis em condições normais e apresentam uma reactividade química muito baixa porque a sua última camada de electrões está completa.

  • Hélio
  • Néon
  • Árgon
  • Criptónio
  • Xenónio
  • Radónio