Os entusiastas comparam-no a diamantes.
Na essência, são fragmentos de garrafas e frascos transformados pelo mar e poeticamente reinterpretados como um tesouro. A sua origem remete para antes da invenção dos plásticos descartáveis. O fascínio por estes fragmentos alimenta-se da emoção infantil de uma descoberta ao sabor das marés. Agora, à medida que o vidro marinho se torna mais raro, versões artificiais estão a substituir o original. O uso de ácido pode deixar resíduos tóxicos, transformando esta gema manufacturada, usada em joalharia e decoração, num problema potencial. A adição de vidro marinho falso ao aquário do seu peixe pode alterar perigosamente o nível de pH da água.
Como se conseguem então distinguir?
De acordo com o especialista em vidro marinho Richard LaMotte, as características verdadeiras incluem minúsculas marcações em forma de C e coloração verde, clara ou castanha. Fragmentos vermelhos e laranjas são raros. Superfícies muito uniformes, sedosas ou brilhantes são indícios de contrafacção.
Na realidade, ainda é possível encontrar verdadeiro vidro marinho e Richard LaMotte recomenda que se procure nos meses de Inverno com a maré baixa e depois de uma tempestade, quando a água pode arrastar uma destas gemas até à costa.