Na última década, outros países começaram a apreciar esta quenopodiácea. Desde 2007, as exportações para os EUA evoluíram de três milhões para mais de 31 milhões de quilogramas por ano. O apetite está a afectar a América do Sul. Os agricultores esforçam-se por responder à procura, e algumas populações urbanas não conseguem suportar o aumento do preço.
Para aproveitar a popularidade da planta, países de outros continentes começaram também a cultivar quinoa, passando de consumidores a produtores. Já existem plantações em 56 países, incluindo a França, a Tailândia e a Austrália. A quinoa norte-americana está também a ser cultivada em África, onde a ONU espera que o seu alto teor proteico ajude a combater a fome.
O objectivo a longo prazo é a diversidade, diz Kevin Murphy, da Universidade Estadual de Washington. “Há centenas de variedades de quinoa, e o nosso objectivo é desenvolver o tipo ideal para climas diferentes.” Por enquanto, a quinoa andina ainda triunfa, mas, com a continuação das culturas experimentais, em breve será possível produzir quinoa globalmente, tornando-a um produto quotidiano e barato.