A meio caminho da saga dos Prémios Nobel de 2023, foi atribuído o galardão na disciplina da Química. "Eles adicionaram cor à tecnologia", podemos ler em destaque no site oficial do Prémio Nobel. Eles são Moungi G. Bawendi (Massachusetts Institute of Technology), Louis E. Brus (Columbia University) e Alexei I. Ekimov (Nanocrystals Technology Inc.) e foram reconhecidos "pela descoberta e síntese de pontos quânticos", uma importante semente na investigação no campo da nanotecnologia. No dia 4 de Outubro foi anunciado o veredicto, como todos os anos, a partir do antigo edifício da Bolsa de Estocolmo, actual sede da Real Academia das Ciências da Suécia.

Esta é a 122ª edição do Prémio Nobel, cuja história remonta a 1901, ano em que, na disciplina de Química, a distinção foi atribuída a Jacobus Henricus van 't Hoff pela descoberta das leis da dinâmica química e da pressão osmótica. Marie Curie (1911, também Prémio Nobel da Física em 1903) e Linus Carl Pauling (1954) são outros nomes bem conhecidos neste domínio.

FUGA DE INFORMAÇÃO PELA MANHÃ

A atribuição do Prémio Nobel de Química de 2023 ficou marcada por uma fuga de informação anterior ao anúncio oficial dos laureados. Um jornal sueco recebeu por email os nomes dos vencedores antes do resto do mundo. 

Johan Åqvist, presidente do comité do Nobel de Química da Academia Sueca disse que esse deslize se deveu a um erro da Academia Real das Ciências da Suécia e que os galardoados ainda não tinham sido escolhidos. Às 10h52, os vencedores foram confirmados como sendo os mesmos que foram divulgados+ prematuramente. "Os pontos quânticos têm muitas propriedades fascinantes e incomuns. O mais importante é que eles têm cores diferentes dependendo do tamanho", disse Johan Åqvist no comunicado de imprensa da Real Academia das Ciências da Suécia.