O antigo astronauta Scott Kelly passou todos os feriados norte-americanos no espaço, com excepção do dia de São Patrício. A sua última missão a bordo da Estação Espacial Internacional manteve-o em órbita entre finais de Março de 20015 e o início de Março de 2016. Nesse período, o astronauta integrou um estudo destinado a avaliar os efeitos biológicos produzidos no corpo humano durante uma longa permanência no espaço, antecipando uma futura missão a Marte. Scott regressou quase ao fim de um ano. A missão foi um dos quatro períodos que Scott passou em órbita entre 1999 e 2016.

O tempo tem um ritmo estranho no espaço. Um “dia” é difícil de definir quando se circula o planeta a cada 90 minutos. A maior parte dos períodos de 24 horas parecem iguais. “Os dias são muito rotineiros”, explica este engenheiro de voo e comandante da missão que acumulou 520 dias no espaço. Sem outro sítio para onde ir e com pouco tempo para o lazer, o principal entretenimento é simplesmente observar a rotação da Terra.

As tripulações quebram a rotina nos feriados, pelo menos durante um período de tempo suficiente para partilhar alguns pensamentos ou fazer um brinde… com sumo e usando uma saqueta. No Dia de Acção de Graças em 2015, os norte-americanos a bordo celebraram com fatias frias de peru. Na véspera de Natal, Scott twitou uma fotografia que captara do Planeta Azul (em cima). Feriados específicos de cada país tendem a passar despercebidos. Com uma tripulação composta por norte-americanos, russos, italianos, japoneses e britânicos, haveria demasiados feriados para comemorar.

Há uma única excepção. “A Passagem de Ano é um feriado ainda maior do que o Natal na estação, pois é celebrado por todos no mesmo dia”, lembra Scott.

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