Fotografia republicada com autorização de DOI: 10.1021/acs.nanolett.5b04221; © 2016 Sociedade Norte-Americana de Química

Factores como a qualidade dos óvulos, condições médicas como a endometriose (um distúrbio do útero), bem como a idade, afectam a fertilidade. Cerca de 20% dos casos documentados, porém, são classificados como “factor masculino”, o que significa que a raiz do problema provém de esperma com espermatozóides limitados, anormalmente formados ou… “nadadores lentos”.

É aqui que entra em acção o “spermbot” (nome que resulta da junção das palavras espermatozóide e robot), um pequeno motor projectado para conduzir o esperma letárgico até ao alvo. Controlado magneticamente, envolve-se inicialmente na cauda do espermatozóide e depois impulsiona-o para o interior do óvulo. 

Desenvolvido por uma equipa de cientistas na Alemanha, o motor poderá um dia desempenhar um papel relevante na área da inseminação artificial.

Desenvolvido por uma equipa de cientistas na Alemanha, o motor poderá um dia desempenhar um papel relevante na área da inseminação artificial. Até agora o “spermbot” foi testado em esperma e óvulos bovinos (na imagem) e ainda não se conseguiu uma fertilização bem-sucedida. “É um conceito fascinante, mas admito que estou céptico”, diz o endocrinologista Robin Fogle.

O director do estudo e engenheiro do “spermbot”, Oliver Schmidt, reconhece que o motor é ainda ineficiente e que é necessário mais trabalho até o sistema poder ser aplicado em testes com seres humanos. Com aperfeiçoamento adicional, o “spermbot” pode possibilitar que casais diagnosticados como inférteis possam gerar um bebé, particularmente em situações “onde técnicas mais correntes tenham falhado”.

Mais Sobre...
Actualidade