A tempestade de 2012 que afectou uma faixa costeira de 1.500 quilómetros de extensão, provocou a morte de 147 pessoas e causou 44 mil milhões de euros de prejuízos foi designada com um dos 78 nomes de furacões do Atlântico retirados de circulação. Em cada região do globo, existem listas para atribuir nomes às tempestades, de modo a ajudar a evitar a confusão nos alertas quando ocorrem eventos simultâneos. Os nomes podem ser reutilizados anos mais tarde, excepto quando o incidente provocou danos graves ou quando os nomes se tornam controversos como, por exemplo, Adolph, Israel ou Isis, por poderem ferir susceptibilidades e suscitarem conotações incómodas.

Na década de 1970, foram acrescentados nomes masculinos às listas. A atribuição do género pode ter um efeito surpreendente: um estudo de 2014 da Universidade de Illinois concluiu que as comunidades subestimam as tempestades com nomes femininos. Liz Skilton estuda a história dos furacões e questiona a prática de apelidá-los com nomes femininos ou masculinos: “Estamos a atribuir nomes com género sexual a algo que não tem biologia. Será que nunca nos afastaremos desse paradigma?”. Uma região já o fez. A maioria dos furacões do Pacífico Ocidental são agora baptizados com o nome de plantas ou animais.

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