Navegantes indesejáveis

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Do ponto de vista técnico, há apenas um oceano ligado globalmente, mas o senso comum habituou-se a referenciar o Atlântico, o Pacífico ou o Índico.

Apesar de cobrir a maior parte do planeta, o oceano é uma fronteira indistinta. Do ponto de vista técnico, há apenas um oceano ligado globalmente, mas o senso comum habituou-se a referenciar o Atlântico, o Pacífico ou o Índico.

 

Ainda mais confuso é o motivo pelo qual as linhas que os separam, reconhecidas formalmente pela primeira vez em 1928, se mantiveram praticamente inalteradas. “Os limites reflectem a geopolítica” mais do que reflectem o modo como a água efectivamente circula, diz o matemático Gary Froyland. Ele e o oceanógrafo Erik van Sebille propuseram um novo mapa, redesenhando os limites com base no conhecimento moderno das correntes e das bacias naturais que estas formam, bem como na relação das correntes com um problema ambiental premente: o lixo.

Plástico e outros detritos estão há décadas à deriva nos oceanos, por vezes em manchas gigantes agitadas por correntes  fortes conhecidas como giros. Gary e Erik analisaram os limites centrando-se nos locais desses pontos poluídos, o maior dos quais flutua entre o Hawai e a Califórnia. Com pesquisa mais aprofundada, a análise pode ajudar a determinar a origem de algum do lixo, ou seja, que países são responsáveis pelo seu depósito no oceano.

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