A exposição à poluição é responsável por uma em cada oito mortes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Os arquitectos e cientistas estão a criar purificadores tão grandes como edifícios. Aliás, na verdade, são mesmo edifícios. Manuel Gea González, do Hospital da Cidade do México, apresentou em 2013 um “glutão de poluição”, uma fachada coberta de dióxido de titânio (TiO²), um catalisador que pode transformar os poluentes em compostos menos prejudiciais. O projecto da fachada neutraliza os poluentes originados pelo tráfego de mil carros por dia.

Embora o júri ainda esteja indeciso quanto à capacidade do TiO² para eliminar a poluição atmosférica a nível global, cresce o interesse pelo tema. A utilização de (TiO²) em áreas de altos níveis de poluição de Londres já foi ponderada e, em 2015, abriu em Milão o Palazzo Italia, um edifício de seis andares com um exterior “de cimento purificador de ar”.