A mais recente análise dos dados sísmicos recolhidos há quatro décadas confirma que, nas profundezas deste satélite frio e seco, existe um núcleo quente e líquido.
“O núcleo fundido revela bastante sobre a evolução da Lua”, diz Renee Weber, da NASA, que estuda os dados recolhidos entre 1969 e 1977. A potência dos computadores modernos permitiu a Renee e aos colegas avaliar a informação sobre os sismos lunares de grande profundidade. Tal como a Terra, a Lua tem um centro composto por camadas líquidas e sólidas. A mais interior é quente, mas sólida, devido à pressão intensa. Enquanto o núcleo terrestre é dinâmico, dando origem a placas tectónicas, actividade vulcânica e um campo magnético, pensa-se que o núcleo lunar terá estagnado.

Segundo os dados sísmicos das missões Apollo, o núcleo lunar tem um volume cerca de 60% líquido. A crosta é irregular devido ao choque de meteoritos contra a superfície.

O líquido na parte externa do núcleo indica que a Lua poderia estar inteiramente fundida quando se formou há 4.500 milhões de anos. “Embora a Terra e a Lua se tenham formado em alturas semelhantes, a Lua é mais pequena, perdendo calor e energia mais depressa.” No passado, o núcleo lunar poderá ter sido dinâmico, revelam amostras da superfície trazidas pelos astronautas.

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